Capítulo 30 - O Baile - Parte 1 - Uma Dança Intrigante

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            Bem, vamos ao capítulo:

          Encaro o teto branco acima de mim sem piscar uma só única vez por um longo tempo, sentindo meus olhos já arderem. Ainda não consigo processar o que aconteceu ontem. As imagens rondam em minha mente atormentando-me. Tudo que aconteceu, a morte de Trevor, de Hugo e agora da Angélica tem sido minha culpa.

          Não entendo o porque dele estar fazendo isso comigo. O quê eu fiz para ele? Sei que ele me conhece, e é a tanto tempo. Mas mesmo que tente me lembrar de alguém, alguém que parecesse tão macabro quanto Mason, nenhuma imagem me aparece.

          Pisco os olhos, já sentindo as lágrimas descerem pelos mesmos. Não sei mais se consigo enfrentar tudo isso, não quando todos ao meu redor correm perigo. Levanto-me devagar para não despertar Alyssa que ainda dorme e, devagar, caminho ainda descalça até minha mesinha. Pego meu celular. Tenho que falar com minha mãe, preciso dela.

          Digito o número de minha mãe e espero ela atender. A agonia de ter que esperar é horrível. E para minha infelicidade, ela não atende. O que responde é a sua caixa postal, e, mesmo frustrada, decido deixar um recado.

          — Mãe — minha voz sai embargada — Eu... Eu só queria pedir desculpas — as lágrimas agora escorrem pelos meus olhos — Eu preciso falar com a senhora, eu só preciso... — tento dizer as palavras, mas o choro não deixa que eu as complete — Só, por favor, ligue para mim. — termino a chamada limpando as lágrimas que insistem em cair.

         Tento me recompor, mas o nervosismo e a agonia é tão grande que mal consigo manter a respiração regulada.

          Sinto meu celular vibrar, e o medo toma conta de mim. No automático olho para ver quem é, e meu medo se torna maior quando vejo que à uma mensagem de Mason piscando na tela. Ainda que a raiva pareça crescer em meu peito, as cenas de Angélica morta tomam minha mente, fazendo com que o medo se torne maior.

          Não quero me sentir assim. Quero me sentir forte, capaz e confiante. Mas todas essas mortes tem me feito ficar receosa e com medo. Muito medo. E ainda que eu queira me sentir mais forte, perder meus amigos tem se tornado difícil, e tem feito com que eu caminhe cada vez mais para o fundo do poço.

          Devagar, abro a mensagem para ver do que se trata, e fico perplexa com o que leio.

          “Não chore Cheryl, não quero vê-la triste. Ainda mais por quem não merece.”

          “Você não sabe de nada. A Angélica era inocente.”

          “Não Cheryl, ela não era, e você sabe muito bem.”

          “Me deixa em paz. Já não basta o que me fez? Porque não me diz logo quem é você?”

          “Porque não percebe Cheryl? Porque? Eu te dei todas as dicas, praticamente joguei na sua cara quem eu sou. Eu não sei o porquê de eu está fazendo isso, mas te dei mil chances de escapar.”

          “Então me diga, quanto tempo pretende continuar com esse joguinho?”

          “Não por muito tempo.”

          “O que quer dizer com isso?”

          Engulo em seco.

          “Boa noite Cheryl.”

As Aparências EnganamWhere stories live. Discover now