Capítulo 51 - Que Tal Finalmente Nos Encontrarmos?

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              Bem, vamos ao capítulo:  

         As paredes tipicamente brancas e sem vida do hospital de San Diego deixam-me nervosa. Fito o nada enquanto espero que o médico venha até nós e autorize nossa visita a Dionne.

            Enquanto esperamos, tento me manter calma e organizar alguns pensamentos que pareciam rodear minha mente como um carrossel, lentamente e torturantemente. Onde Matt está? Depois daquela noite, ele não aparecera mais.

              Uma pontada de dúvida, incerteza e até mesmo ciúmes, cutuca o fundo da minha mente como se me alerta-se que algo não muito bom devia estar acontecendo. Será que Mason fez algo a ele? Pensar nessa hipótese fazia todos os pelos dos meus braços se irricarem e meu corpo inteiro tremer com um frio repentino. Não, não pode ser.

                 — Olá? — a voz do médico a nossa frente me faz entrar em total alerta. Solto a respiração que até então estava prendendo e ponho minha atenção completamente nele. — Sou o Dr. Galles. Vocês que vieram visitar Dionne Cunningham?

                 — Sim. Somos nós sim. — falo no automático, tomando a frente de Reynolds que já se preparava para dar uma resposta um tanto grosseira para o homem. — Podemos vê-la, não é mesmo?

                  Ele me fita, e logo depois, volta sua atenção para uma ficha médica em suas mãos, lendo o que parece ser o relatório de internação de Dionne. Será que ela está bem? Espero que sim.

                    — Claro, podem sim. — suspiro aliviada. — Mas precisam saber que o estado de Dionne é um tanto crítico. — ele adquiri uma postura séria e cautelosa. — Depois desse incidente, a srta. Cunningham passou a ter alucinações e alguns ataques de esterie. — meu corpo gela. Sinto a culpa tomar conta de mim. Isso é tudo minha culpa. Apenas minha culpa. — Por favor, se forem realmente vê-lá, sugiro que não façam perguntas as quais possam deixá-lá nervosa. Não queremos que ela tenha mais um ataque e faça alguma besteira. Me entendem, não é?

                  — É claro que entendemos. — agora foi a vez de Reynolds falar. — No entanto, não podemos deixar de provocar isso. Entende que é necessário, não é? — seu olhar é cínico. E mesmo que ele tente disfarçar, uma fina linha em seus lábios ameaçava inrromper um sorriso. Babaca!

                   — Acho que não será necessário, Dr. Galles. Faremos de tudo para não perturbar ainda mais Dionne. — tomo a frente, decidida. Depois de tudo que Dionne passou, não me perdoaria se ela fizesse algo que machucasse à si mesma. É o mínimo que devo a ela.

                    — Está louca se pensa que deixarei que me atrapalhe srta. Reeves. — o olhar clínico de Reynolds me alcançou, junto ao seu ego inflado. — Não acha que já fez coisas demais para saber que dessa vez deve se manter quieta?

                    Um rubor atingiu minhas bochechas.

                     — Desculpa Cheryl, mas talvez Jackie tenha razão. — Charles diz, e, ao receber um olhar cortante vindo da minha parte, dá de ombros, cansada. — De qualquer jeito, não à como não perturbar o sossêgo de Dionne para quanto a isso. Não acha que ela iria querer? Com certeza sim. Sabemos que ela é a pessoa que mais queria encontrá-lo.

                      Por um momento, cogitei que Charles tinha razão. Dionne talvez fosse a única resposta para aquilo. Mas ainda está agitada e perturbada demais para se manter equilibrada durante uma conversa seria como essa. E se ela ficasse pior? Minha mente parece estar dividida em dois. Parte de mim, quer mesmo arrancar a força as respostas dela. Fazê-lá dizer a todo custo, porque já esperei demais por isso. Mas a outra, me diz que não. Que eu devo esperar até que ela melhore e se sinta apta a responder algumas poucas perguntas. Mas será que ela melhorará logo? Minha mente parecia devagar e eu estou completamente confusa. Eu sempre estou confusa.

                  Meu celular apita dentro da bolsa assustando-me. Pego-o chateada. Será mais um joguinho?

                  “Quer respostas? Não é com Dionne que irá encontrá-las. Que tal finalmente nos encontrarmos? Não está curiosa?”

                  Um formigamento atinge a boca do meu estômago. O quê? O nervosismo agora parece mesmo me dominar. Como assim encontrá-lo? É agora que ele me atrairia e me mataria? Já assisti filmes demais para saber que a mocinha burra sempre fazia a escolha errada; de ir encontrá-lo. Um pensamento sombrio atingiu minha mente. E se o jogo virasse? E se eu o matasse? Não. Não conseguiria. Eu sou fraca. Muito fraca. Mas não sou burra o bastante para encontrá-lo. Ainda não. Tem que ter um jeito. Sempre tem. Pense, Cheryl. Pense.

                  — Ei, tudo bem senhorita? — o médico fala, chamando minha atenção.

                   Não respondo. Nem mesmo consigo. Apenas balanço a cabeça afirmativamente.

                   — Muito bem. Irei acompanhá-los até o quarto da srta. Cunningham. Terão apenas meia hora. — ele se vira, seguindo pela corredor pálido e frio do hospital.

                     O seguimos. Minhas pernas agora parecem ser feitas de gelatina. "Podemos nos encontrar" O que ele está pensando?

                     — Cheryl, está tudo bem? — Charles me encara, preocupado.

                     — Sim. Estou sim. — sinto minha garganta arranhar. — Só estou nervosa. É apenas isso.

As Aparências EnganamWhere stories live. Discover now