Novos Rumos

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Deixo Dana e sigo para casa, preciso de um plano novo.

O que eu faço agora?

Olho para a pista, e penso em deitar e morrer, sentar lá, e esperar que um carro com um motorista distraído faça o restante do serviço.

Mas não posso, não posso fazer isso com Peter, me senti culpada a vida inteira, por não ter sido forte o suficiente para tira-lo da vida em que vivia depois de que minha mãe se foi.

Eu era pequena, e nem mesmo das feições dela eu lembro. Nada. Sei que ela existiu, mas a única coisa que me faz lembrar dela, é mingau de aveia.

Quando chego em casa não avisto meu pai em local nenhum. Mas a casa está cheia de bêbados, que estão comendo toda a nossa comida.

Vou em direção ao armário, e consigo salvar um pacote de biscoitos, antes que uma das mulheres pegassem

- Ei sua puta, eu vi primeiro. – a loira fedendo a álcool e cigarro me empurra.

Bato o quadril na quina da mesa. Droga, isso vai me causar uma contusão.

Eu odeio meu pai, gora é oficial.

Ele entra rindo e pega o pacote de biscoitos da minha mão.

- Ela pode dividir, não é mesmo querida. – diz e o cheiro de bebida exala junto com sua fala.

Vejo a loira saindo com meu biscoito. Olá fome, seja bem vinda.

- O que é isso? – Pergunto apontando a bagunça que está na sala.

- Estamos apenas fazendo uma social, sua estraga prazeres. Se estiver achando ruim, saia a casa ainda é minha. – meu pai responde cerrando os dentes.

- A casa é sua? Eu que pago o aluguel, eu que coloco comida dentro de casa, enquanto você bebe – acabo gritando – eu que te livrei de morrer ontem.

Sinto um forte impacto no lado direito do meu rosto.

- Sua vagabunda, eu te criei a vida toda. Você me deve respeito.

Depois de passar a mão em meu rosto, sigo para o meu quarto.

Escuto um dos homens falando.

- Isso Peter, tem que colocar essas crianças em seus devidos lugares.

Não espero para ouvir a resposta que ele daria.

Entro no quarto ainda segurando o rosto. O barulho fica descontrolado. Gritos e barulho de brigas vindo do lado de fora da porta.

Depois de horas, percebo que a bagunça diminui, espero até não ouvir mais vozes.

Saio do quarto e me deparo com uma casa literalmente destruída. Richard se foi, e levou com ele tudo, absolutamente tudo, que tinha um pouco de valor. Até a geladeira.

Encontro jogado no chão da cozinha o pacote de biscoito que ele tirou de mim para dar a mulher loira. Aparentemente ela só o abriu, e jogou no chão. Pego os biscoitos, descartando os que estão fora do pacote. Duas maçãs e meia dúzia de biscoitos, essa será a minha alimentação do dia.

Como os biscoitos e começo a pensar no que eu irei fazer.

Deixar de ir a escola, nem pensar, essa era uma das maneiras que eu teria para sair daqui. Me candidatar e conseguir uma bolsa de estudos em alguma universidade.

Amanhã vou para a escola, e logo depois irei andar atrás de um emprego. Tenho que conseguir.

O dia seguinte chegou rápido demais. Levantei me sentindo miserável.

LucaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt