Apego

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Mariah


Estar com Luca ao redor, começou a ser mais que comum pra mim. Vamos fazer um mês de compromisso. Um mês vendo ele todos os dias, estando com ele por mais horas do que é recomendado para "namorados". Luca sempre que está comigo, seja na escola, em casa ou em qualquer outro lugar.

- Em que está pensando? - ele pergunta quando estamos no caminho de volta pra casa, depois de mais um dia de escola.

- Nada, estou pensando em nada. 

- Baby, me fala o que você ta pensando. - Ele se aproxima de mim segura meu rosto e fita meus olhos.

- Já te falei que meus pensamentos, são apenas meus. 

- Baby, sabe que não gosto que sua cabecinha fica cheia de caramiolas.

- "Caramiolas" Luca, você está em que seculo? - falo rindo. 

- Não debocha de mim - o sorriso que ele dá, quebra minha resistência. 

- Não estou debochando, sr.Darcy. 

- Serio baby? Me tem em tão alta estima? - Luca me analisa com meio sorriso. 

- As vezes fala, como se estivesse no seculo passado.

-Está tentando me ofender? - Seu olhar é questionador.

- E se eu estiver? - Meu tom é de desafio.

-  "São muitos os meus defeitos, mas nenhum de compreensão, espero. Quanto a meu temperamento, não respondo por ele. É, segundo creio, um pouco ríspido demais... para a conveniência das pessoas. Não esqueço com facilidade tanto os disparates e vícios dos outros como as ofensas praticadas contra mim."  Então querida,espero  que tenha essa comparação, seja um elogio.

- Você citou Jane Austen? Você sempre me surpreende. 

- Faço o possível para agradar. - Ele pisca para mim. 

Mas confesso que a mim nada disso me encanta. - respondo com outra citação, só que não a completo

- Se você falar que prefere livros, ficarei com meu ego bem machucado. - Ele fala.

O carro para próximo ao galpão onde Luca atirou em Guilhermo, o desconforto que eu fico é visível. 

- Irei ficar aqui por algumas horas, chego em casa a tempo do jantar. - Me beija e desce do carro. 

Eu sei o que provavelmente Luca faz quando se ausenta. Outro dia escutei alguns dos homens falando o quanto ele é frio e implacável. Não sou boba, percebo quando ele chega com  os dedos vermelhos, e quando ele usa luvas por dias para que eu não veja suas mãos machucadas. Mas desde que ele percebeu meu desconforto, ele usa luvas, ou o que quer que seja para esconder suas escoriações de mim.

Mas essa noite quando chega, as escoriações estão em seu rosto. Ele não conseguiria esconder o corte de sua boca, nem mesmo se tentasse muito. 

Coloco a mão na boca horrorizada. 

- Teve um tempo ruim? - Giovanni pergunta, mas sem se alterar. 

Luna levanta, vai ate a geladeira, e tira uma bolsa de gelo entregando a ele.

- Foi uma porra de tempo bom. - Seu sorriso sádico não me escapa. 

- Hey baby - ele se dirige a mim. 

Olho para os três, ainda com horror.

- Você está machucado - Falo olhando seu bonito rosto com alguns hematomas se formando. 

LucaWhere stories live. Discover now