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Eu estou decidido a o questionar, eu sei que deve ser realmente desagradável alguém te enchendo de perguntas, mas se eu não fizer isso sinto como se eu fosse explodir, eu realmente me preocupo com ele e eu preciso que ele saiba que eu estou aqui para o que for preciso.

Eu esperei, e esperei, e esperei, e esperei, minhas flores acabaram já faz algumas horas e eu estou feito um idiota esperando por Michael, ele não vai aparecer, eu também sei disso já faz algumas horas, mas eu não consegui ir pra casa.

Eu estou sendo chato e totalmente inconveniente, mas é assim que e sou, pessoas desesperadas fazem coisas idiotas e eu vou fazer uma coisa idiota agora mesmo.

Eu estou me esforçando para lembrar o caminho que pegamos para ir até a casa de Michael no outro dia, já está anoitecendo e eu não gosto de ficar sozinho durante a noite.

Eu estou tremendo em frente a porta de Michael, e se a mãe dele abrir a porta? E se for ele mesmo a abrir a porta o que eu vou falar? "Oi eu estou paranoico e sinto a sua falta, posso ajudar em algum problema que eu sequer sei se existe ou não?".

Isso soa patético, eu tenho de ir pra casa antes que anoiteça de uma vez.

- Você ficou parado na minha porta por cinco minutos pra no fim ir pra casa? - olhei por cima do meu ombro e lá está Michael encostado no batente da porta realmente muito sério. - desculpe, eu estava te espiando pela janela.

- Eu acho melhor eu ir. Não quero te importunar.

- Se tem alguma coisa pra falar entre e vamos conversar. - e foi o que eu fiz, eu entrei segurando minha cesta com força, a casa está silenciosa e eu odeio o silencio. - Eu guardo isso pra você - Michael tentou pegar a cesta de minhas mãos e eu a segurei com ainda mais força, ele encarou meus dedos trêmulos e eu finalmente a soltei.

Michael sentou no sofá e eu não movi um músculo sequer.

- E então...

- Não fique bravo ou magoado pelo o que eu vou falar certo? É só que eu estou tão preocupado... e confesso que um pouco magoado também. - eu estou falando muito rápido e não sei como parar, eu só espero que ele entenda o que eu quero dizer, eu costumo enrolar para falar as coisas - Estávamos indo tão bem e então você passa a mal responder minhas mensagens, ignora minhas chamadas, aparece na praça por cinco minuto, isso quando aparece, eu não estou necessariamente reclamando, eu sei que deve ter seus motivos e se puder me contar quais são eu vou ficar realmente aliviado. Se eu fiz alguma coisa que não gostou me desculpe, eu só não sei mais o que pensar sobre... nós.

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- Você não fez nada de errado Luke.

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- Eu só estou sendo o medroso que sempre fui. Eu tenho medo de te decepcionar, eu estou com medo do que temos, porque na verdade eu nunca me envolvi com alguém, eu gosto muito de você e não duvide disso nunca. E se eu te magoar? Eu não quero que fique triste por minha culpa. As vezes eu não me sinto bom o suficiente - eu estou chorando quase que compulsivamente.

Michael está na minha frente e segurando meu rosto com delicadeza, ele deve estar sentindo pena de mim, mas não quero que ele sinta isso. É um sentimento horrível que eu não desejo a ninguém.

- Não faz isso comigo Lukey. - eu funguei e me joguei contra seu corpo o abraçando.

- Você quem não pode fazer isso comigo, eu gosto tanto de você a tento tempo, muito mais tempo do que você pode imaginar, você não pode tirar isso de mim. Esquece isso, esqueça tudo isso. Você só vai estar me decepcionando se me der as costas por medo de outras pessoas que na verdade nem nos conhecem e por reprimir um sentimento por medo do que pode acontecer, porque eu também sinto medo e estou dando o meu melhor. - Michael beijou minha testa e eu fechei os olhos com força.

- Eu não quero mais te ver chorar, esquece isso por hoje, eu juro não fazer mais isso sem conversar com você, não se preocupe tanto comigo. - Michael está me pedindo o impossível.

- Eu... - eu pude ouvir a porta abrir e me escondi ainda mais contra ele.

- Luke? - agora dona Karen vai pensar que sou um louco. Tentei limpar meu rosto o mais rápido que pude e a encarei por cima do ombro de Michael. - É bom te ver querido, vai ficar pro jantar? - eu estava pronto para responder que já ia pra casa, mas Michael tampou minha boca.

- Ele vai ficar sim... - Dona Karen sorriu e saiu da sala carregando sua bolsa e algumas poucas sacolas. Ela está tão bonita, totalmente arrumada. - ...é um bom recomeço. - Michael fez piada e eu o belisquei.

Michael quer no minimo, que eu tenha um ataque cardíaco.



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Vocês pensam que isso é sofrimento, então aguardem por um capítulo só pro Michael e aí sim vocês vão conhecer o verdadeiro sofrimento.

Flower Boy ** MUKEWhere stories live. Discover now