Capítulo VI - Teoria

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Nota da Autora: A carta da minha linda Summer (Sun, Sunshine,...) foi inspirada em um dos vários textos da minha linda diva Bruna Vieira.

“Dear Liam,

Estou começando a escrever essa carta dias antes da sua chegar então o assunto será provavelmente nada a ver com a sua carta, me desculpe por isso, mas eu precisava fazer esse texto-desabafo.

A rua é a mesma. O calor também. Depois de algumas horas no ônibus olhando a estrada e viajando, em pensamentos, provavelmente bem mais rápido do que aquelas rodas aguentaria, cheguei. Engraçado. Ir para a casa dos meus avós sempre me fez pensar na vida. Lembrar de algumas coisas e imaginar outras. Não sei se isso é saudável, ou se é mais um daqueles rituais de sofrimento que costumo fazer quando tenho um tempo livre. O importante é que quando venho para cá, consigo sentir como eu me sentia antes. E às vezes, em épocas de grandes mudanças e pequenas incertezas, isso se torna fundamental e altamente perigoso. Gosto do risco.

Fazer carinho na velha cachorra do meu avô. Almoçar com a parte família que não vejo desde a minha última visita. Minha tia chamar para ir à missa no domingo. Resumindo: coisas simples as quais eu não dava a mínima e agora fazem meu coração bater mais calmo e feliz. Que louco, né? O mundo dá tantas voltas que às vezes é difícil ficar em pé. Mas me apoiando nessas palavras, criei uma teoria. A teoria dos dois mundos. O das pessoas simples e do resto.

No mundo das pessoas simples as coisas costumam ser mais leves. Menos pose, expectativa e maquiagem. Mais tardes sem grandes acontecimentos com os amigos de longa data e tempo para bater papo com a avó na varanda. Menos pressão, cobranças e promessas. Menos atualizações no Facebook. O mais importante de tudo: menos necessidade de julgamento dos outros e da vida. Por que precisamos entender cada resto de sentimentos em nós?

Pessoas complicadas geralmente nos prendem. Já as pessoas simples nos deixam ir para onde precisamos ir. Elas não precisam de tantas explicações, sabe? Simplesmente continuam vivendo e continuam lá. Em algum lugar onde vamos sempre alcançar. Independentemente do tempo, da distância ou do que for. Pessoas complicadas estão ocupadas tentando parecer ocupadas. E, por mais que isso seja irresistivelmente misterioso, no final das contas, são só pessoas perdidas em suas próprias escolhas e consequências.

Onde eu entro nessa história toda? Sei não. Acho que tenho um pé nos dois mundos. E essa sensação que às vezes me corrompe e consome, como agora, é apenas a consequência da vontade de estar sempre em equilíbrio.

E ai, Leeyum? Em qual dos dois mundos você está? Fiquei triste em saber que vocês terminaram o programa em terceiro lugar, você deve estar chateado, mas não fique pense que dessa vez ao menos você chegou até a final e não só isso ganhou os irmãos que sempre quis ter. O prêmio vale mais que isso? Pense direitinho, ok?

Beijos,

Sun.

P.S.: Sua carta chegou um dia antes de eu te enviar essa, então... Sabe Leeyum, eu é quem deveria agradecer. É você quem tem que aturar meus ataques de loucura e bipolaridade. Então, OBRIGADA POR SER O MELHOR AMIGO QUE EU PODERIA TER!”

Dear Summer,

Sim, eu estou chateado por ter perdido. Porém você, mais uma vez, tem razão. Eu não poderia pedir algo a mais do que esses quatro irmãos malucos. Simon ainda está tentando conseguir um contrato para nós, dá para acreditar? O sonho ainda não morreu, Sun! Mas ai eu paro e me pergunto: E depois? E depois que esse sonho for realizado o que vou fazer da minha vida além de toca-lo em frente?

Eu simplesmente amei a sua teoria dos dois mundos, e acho que assim como você tenho um pé em cada um dos mundos, mas geralmente eu me desequilibro e caio no mundo de pessoas complicadas. Não adianta ninguém me dizer o contrário, eu sou muito complicado, às vezes nem eu me entendo e me pergunto como você consegue. Ok, isso pareceu um diálogo de menininha que corta dos pulsos, desculpe.

Posso perguntar o que você estava fazendo na casa dos seus avós no meio da semana? Aconteceu alguma coisa que você não quis me contar? Você sabe que pode me contar o que quiser, não é mesmo?

Querida Summer, aqui é o Louis escrevendo. Liam foi ao banheiro e deixou o bloco com a carta aberta e então eu decidi que seria legal te dar um ‘oi’. Liam fala de você o tempo todo sabia? Acho que eu e os meninos até pegamos um pouco de raiva do verão, de tanto que ouvimos o seu nome... Mas eu tenho certeza que suas amigas também não para de ouvir o nome ‘Liam’ por ai, não é mesmo?

Nós estamos dando o nosso melhor para ajudar Simon a frechar o contrato para poder ir visitar você. E não importa o quanto Liam insista em ir sozinho, nós vamos junto! Precisamos conhecer a menina que enfeitiçou nosso menino a longa distância. E também precisamos presenciar o momento: ‘pombinhos se encontram pela primeira vez’... Você realmente não se importará se formos juntos, né? Creio que não. Ok, eu não tenho o domínio das palavras como você e Liam, então estou parando por aqui (e também porque ele está voltando...). Beijos, Louis.

Ok, eu vou matar o Boo Bear. Eu na verdade deveria rasgar essa folha e reescrever tudo, mas a preguiça e a falta de tempo me impedem. Espero que não fique brava comigo por tudo que o louco do Tomlinson escreveu, mas não ligo ao vivo ele é pior!

Nós nos falamos em breve.

Beijos,

Liam.”

Nota da autora: Louis louco Tomlinson, invadindo a carta dos outros... Coisa feia Tommo!

Dear FriendWhere stories live. Discover now