Alana - 13

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Eu não queria ir para o colégio devido à vergonha que passei na casa do Micael, minha mãe não deixou faltar, mas o que era da Bela estava guardado, bem guardadinho. Ela iria pagar pela mentira horrorosa que inventou sobre mim.

Entrei no colégio, mas fui direto para o ginásio, ainda era muito cedo, a escola estava praticamente vazia e o ginásio então... nem se fala!

Entrei, e tirei meu uniforme, para poder vestir a roupa de dança das aulas da tarde, eu já tinha que ir treinando, tinha que dar o meu melhor na dança, para que a Bela morresse de inveja e de raiva, quando perceber que eu sou muito talentosa.

Estava vestindo a saia rosa no meu corpo, quando senti alguém me abraçando por trás, me virei assustada e dei de cara com o Cole, quem mais seria não é?

— Dá para me soltar engraçadinho? – esbravejei impaciente.

Ele estava sorrindo maliciosamente, ainda com os braços ao redor do meu corpo.

— Na próxima, se troca dentro do banheiro, eu vi tudo... — disse, sem tirar os olhos das minhas pernas, me desprendi dele rapidamente, que tarado!

— Não faça mais isso Cole, não seja abusado — o repreendi.

— Foi mal, me excedi um pouco ao ver você seminua.

— Você é um tarado, sabia? — falei em um tom mais calmo, e o empurrei de brincadeira.

— Isso tudo é para irritar a minha irmã?

— Sim e não, eu quero irritá-la, sim, mas eu adoro dançar, por isso entrei no grupo, mas, confesso que minha maior iniciativa para entrar, foi apenas para ver a cara de idiota da Bela — zombei, e então, me lembrei de que a idiota era a irmã gêmea do meu melhor amigo.

Fiquei séria e pedi desculpas com o olhar, ele riu e me puxou pela cintura, de encontro a seu corpo, meu coração acelerou com aquela aproximação inesperada.

— Não precisa ficar assim quando falar mal da minha irmã, nós dois sabemos bem como ela é, eu sei que vocês duas não se suportam, mas eu não ligo para isso — disse ele, me segurando firme, brincando com as minhas trancinhas com a outra mão.

— Você está muito próximo — disse nervosa com tanta proximidade e, ao mesmo tempo, hipnotizada, viajando em seus lindos olhos castanhos escuros, olhos que estavam radiantes, me olhavam com fervor.

— Sério? Não percebi — disse ele, fazendo pouco caso da minha reclamação, e continuou a brincar com minhas trancinhas.

— O que você tem contra as minhas tranças? — mudei o assunto.

— Nada! Eu amo as suas tranças, por isso estou brincando com elas — disse, e sorriu.

— Engraçadinho... você está atrapalhando as tranças.

— Não estou não, novata.

— Esse apelido vai voltar de novo? Eu não sou mais "novata" Cole! — reclamei, irritada.

— Para mim você vai ser sempre a minha "novata" — disse, acariciando o meu rosto.

Eu não queria sair dos braços dele e nem que ele parasse de me acariciar, estava tão bom, ele estava tão fofo, carinhoso e lindo, o Cole definitivamente era muito lindo.

Mas eu sabia que era errado, ficar tão próxima assim dele, afinal, eu estava ficando com o Micael, e não com o Cole, eu não podia ficar cheia de carinhos com outro que não fosse o Micael.

A minha cabeça sabia que era errado e estava pedindo para que eu me afastasse imediatamente, mas o meu coração estava gostando tanto e queria continuar ali, recebendo os carinhos dele, obedeci ao meu coração e continuei.

Ligadas Para SempreWhere stories live. Discover now