Alana - 15

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Tive um sonho estranho, nele eu via Eliza rindo e conversando muito a vontade com os meus pais, pareciam cuidar dela, como filha. O sonho se ambientava em um lugar todo branco, olhei em volta, em busca de mais rostos conhecidos e encontrei, de outro lado, a mãe e o pai da Eliza, eles me olhavam com ternura e me chamavam de filha, estranhei, mas fui até os dois.

Não me lembro do rosto do pai da Eliza, mas eu via com nitidez o rosto de Celina.

— O que está acontecendo? — perguntei.

— Venha conosco minha filha, você precisa voltar — disse Celina, estendendo as mãos em busca da minha.

— Voltar? Mas eu nem sei onde estou, e por que meus pais estão tratando a Eliza como se fossem a filha deles?

— Você está longe nesse momento, mas precisa voltar, tem muito que viver ainda — disse o homem, no qual eu não conseguia ver o rosto.

— Onde estão os meus pais? Quero eles! — gritei, assustada.

— Somos os seus pais, Alana — disse Celina.

— Não, não são. Sei quem são meus pais, parem de mentir! — gritei.

De repente, corri para onde meus pais estavam, me coloquei ao lado da Eliza.

— Pai! Mãe! Me levem para casa, eu não sei que lugar é esse, eu nunca vi antes, estou assustada! — disse, os dois me olharam confusos.

— Quem é você? — perguntou mamãe.

— Sou sua filha, mãe! Como assim? Não se lembra?

— Não, eu sei quem é minha filha, e não é você mocinha, a Eliza é nossa filha — disse ela, mostrando a Eliza para mim.

— Eliza, o que está acontecendo? — perguntei.

— Como sabe o meu nome? — perguntou ela, me olhando confusa. Aquilo só podia ser um pesadelo! Eles não me reconheciam!

— Sou eu, Eliza! Alana! Me diz onde estou, o que está acontecendo? Quero voltar para casa.

— Desculpa, mas eu não te conheço — respondeu ela e então, se virou de volta para os meus pais.

Do outro lado, Celina e o homem, que eu sabia que o nome era André, me olhavam aflitos. Caí no chão branco e deitei minha cabeça nos meus joelhos, chorando. Foi quando senti uma mão tocando no meu ombro, levantei minha cabeça, com esperanças de que fossem meus pais, e vi o Cole. Finalmente alguém que poderia me ajudar, ele estava com uma blusa e uma calça branca, assim como todos ali estavam.

— Cole! Me ajuda! Por favor, eu não sei o que está acontecendo! Quero ir embora para casa! — disse, chorando enquanto o abraçava.

— Vai ficar tudo bem, novata, nada de ruim vai te acontecer, mas agora, você precisa ser forte e voltar para mim, não se entregue a escuridão, mesmo que digam que já está bem, eu só vou poder ficar tranquilo, te vendo acordada — disse ele, afagando o meu cabelo.

— Mas eu já estou acordada Cole, eu não estou entendendo nada, que lugar é esse? E por que meus pais não me reconhecem? — perguntei, me afastando dele.

— Seus pais vão te amar para sempre, não se preocupe.

— Cole, me leva de volta.

— É o que eu mais quero. Eu te amo tanto novata, nunca pensei que eu fosse amar tão intensamente uma garota assim, quando soube que estava... pensei que meu mundo fosse acabar, foi o pior momento da minha vida — disse ele, acariciando meu rosto.

— Eu não entendo! Eu também te amo Cole.

Como mágica, a imagem do Cole foi desaparecendo da minha frente.

Ligadas Para SempreWhere stories live. Discover now