Sui...cídio? 2

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Anteriormente...

''eu falei com o teu psicólogo para conseguir a tua ficha psicológica de Espanha e nela,depois de traduzida aparece uma parte que me chocou e muito: Kuroko Tetsumi trató de suicidarse a los nueve años. Ou seja: A Kuroko Tetsumi tentou se suicidar aos nove anos.''-ele disse aquilo e entrei em pânico.-''podes me dizer porquê?''

Atualmente...

Eu não sabia o que dizer,fazer, NADA! Como é que não me passou pela cabeça que eles iriam descobrir isso?!...

"Eu não vou contar ao Seijuro nem aos teus amigos, simplesmente quero que me expliques"- ele diz e sentasse no sofá.

"Promete que não vai contar?..."-pergunto olhando para ele

"Tens a minha palavra"-ele diz e sorri.

"Bom...então... isso começou quando eu tinha sete anos e tinha acabado de fazer a operação..."

6 anos atrás, Espanha, Madrid...(7 anos)

Cheguei ao hospital e um tempo mais tarde fiz a operação, eu estava feliz, tinha um novo coração e assim que a mamã e o papá acabassem o seu trabalho viriam me buscar mas os dias que passei em observação, a espera com as outras crianças do hospital foram divertidos aos início, aprendi a falar espanhol e fiz uns amigos mas durante a noite o som das máquinas era horrível, a mamã ficava sempre ao meu lado a cantar para eu dormir e me fazer esquecer o barulho mas aqui é diferente.

*Eles estão a falar espanhol aqui*

"Desculpe senhora enfermeira, podia por música aqui? Eu não consigo dormir com o barulho das máquinas"-pedi e ela olha para mim

"Desculpa mas aqui não se pode por nada que não sejam as máquinas a funcionar durante a noite senão podem fazer interferência"-ela diz de uma maneira seca e como não quisesse saber.-"vai dormir"-ela diz assim que acaba de ligar a última máquina e sai do quarto.

"Bem..."-digo me deitando e cobrindo.-"vou ter de me habituar..."-digo e tento dormir.

4 anos atrás (9 anos)

Durante os anos que estive naquele hospital fui seguida por uma psicóloga mas não conseguia me acostumar com a ideia de que não estava em minha casa. Recebia cartas do nii-chan todas as semanas e fingi que estava a ser divertido estar num lugar diferente de casa mas para mim aquilo estava a ser muito mau, a psicóloga tentava me fazer falar mas não lhe respondia. Os pais ligavam quando podiam e eu tentava fingir que estava tudo bem quando na realidade eu estava cansada.

"Esta não é a minha casa.... não é o hospital que conheço.... não tenho o nii-chan...nem a mamã nem o papá....nem me deixam ir brincar lá fora....depois são as enfermeiras que não me ligam....a chata da psicóloga sempre com a mesma frase:'diz,fala, vai te saber bem!'....que chata...eu quero ir para casa..."-digo olhando para o céu da noite da janela do meu quarto como todas as noites.

Eu estava feliz naquele hospital, neste é tudo diferente, posso ter brincado um pouco ao início mas os meus amigos ja saíram do hospital e ja se passaram dois anos, agora tenho nove anos e ja me tratam de maneira diferente, tratam-me como se não se importassem por mim e eu ja estava cansada. Ouve um dia em que o médico que era amigo da mamã ia-me ver,já que ele não era o meu médico, ele queria conhecer a minha situação e eu não estava com paciência. Já não sorria, estava todos os dias com a poker face e a ler um livro no quarto mas houve um dia que uma enfermeira deixou uma caixa de comprimidos cair do bolso dela quando perto de mim no corredor e eu simplesmente peguei nelas me dirigindo para o quarto.

A irmã Da Sombra Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ