⚜ Capítulo 4 ⚜

1.2K 568 1.1K
                                        

"Esta noite vou deixá-lo ser o capitão
Esta noite vou deixá-lo fazer o que sabe,
Esta noite vou deixá-lo ser o guia".
- Rude Boy.

 - Rude Boy

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Chegamos. — Natan nos informa. 

Baixando o vidro escuro do veículo avermelhado, pude ver a casa noturna iluminada. Algumas pessoas do lado de hora, fumando cigarros, bebendo e se engolindo, como era de se esperar numa casa noturna, não? A música alta pode ser ouvida de onde estamos. O lugar é iluminado por luzes verdes e azuis que piscam e apagam em fração de segundos, lê-se o nome do local. 

"Hexagon".

— Vamos, meninas? — a querida Daisy pergunta já saindo do veículo e eu organizo meus cabelos longos antes de abrir a porta e pôr o pé direito fora do carro. 

Natan olhou-me de relance, com um sorriso de orelha à orelha em seu rosto, antes de andarmos uns ao lado dos outros. Alguns rapazes encostados na parede escura do lado de fora quebravam os pescoços acompanhando meus passos. Uns bonitos, outros não. Os sapatos confortáveis eram perfeitos para meus pés, não havia uma gota de preocupação em minha cabeça. Por um instante, os problemas resolveram me deixar em paz. Por uma única noite, eu pude ter a certeza de que chega de viver com medo. 

As luzes de led avermelhadas não conseguem me impedir de enxergar, a música alta e eletrônica também não incomoda. Nós cinco andávamos em direção ao bar e eu já não me sentia tão mal. As meninas que estão comigo são de fato muito lindas, mesmo assim todos os olhos permaneciam em mim. Eu gosto disso, sabe? Eu gosto dessa atenção, eu gosto de me sentir, do jeito que eles ficam bobos olhando pra mim.

Sentei-me no banco alto de metal frio ao lado de Ingrid e o simpático barman abriu um lindo sorriso ao ver meu rosto, que estampa tantas capas de revistas por Washington.

— Boa noite, madame. — suas palavras me fizeram sorrir enquanto eu enrolava uma mecha do cabelo com o dedo. — Quer que eu te pague uma bebida?

Ri alto com o que ele disse, quase que forçadamente e abri a minha carteira de marca para mostrar meu belo bolo de dólares. 

— Eu pago minha própria bebida. — pisquei para o mesmo que maneou a cabeça negativamente.

Suzannie deu-me um leve soco no ombro, risonha e eu estava tão brincalhona que todos mal me reconheceriam agora. A poupa do meu bumbum sente a frieza do banco em que estou sentada. Ele não demorou para entregar-me um copo "old fashioned" cheio até a metade pelo o que eu julguei ser uísque. Com o vidro em mãos, bebi o líquido alaranjado que desceu queimando por minha garganta, não é tão bom, mas não significava que é ruim. Minha careta provocou risadas que me contagiaram, me fazendo rir junto. Meu humor estava tão bom que nada poderia me deixar estressada. 

— Sinceramente... nem parece que te traíram. — Ingrid finalmente fala alguma coisa para mim, optou por licor de menta. Manteve-se calada desde que entramos, pois eu que sou tão "comum" chamo mais atenção que ela. 

⚜ SACRIFICE ⚜ [PT/BR] Where stories live. Discover now