⚜ SACRIFICE ⚜ [PT/BR]

⚜ Capítulo 6 ⚜

“Seu encanto inegável é Lúcifer
Sua magia inegável é Lúcifer
Quando me aproximo de você,
com sua face angelical
Diga que a razão pela qual vive, sou eu”
— Lucifer.

— É... eu preferi não ir ao enterro da sua mãe, mas... decidi fazer, ao menos, uma visita. — explico, cruzando os dedos das minhas mãos e olhando para meus pés.

— Entre, por favor. — dito isto, ele me deu passagem e eu piso em sua sala de estar que tem o dobro da minha, sem sombra de dúvidas.

Há um lustre lindo e dourado pendurado no teto, tudo é muito rústico e me lembra a casa alemã onde vivem meus tios. O piso liso lembra madeira, está tão brilhante que refletia como um espelho. Alguns quadros que devem ter sido comprado em leilões, pois parecem obras caras, emolduradas nas paredes cobertas pelo papel de parede clássico e antigo. Enfim, me sentei ao seu lado no sofá marrom, também antigo, porém, confortável e espaçoso como deve ser o resto da casa. Ele parecia me analisar enquanto eu analisava a residência e ao perceber que seu olhar estava começando a me desconfortar inexplicavelmente, ele desviou seu olhar para suas mãos.

— Nem lembro quando foi a última vez que pisei aqui. — quebro o silêncio, mantendo os olhos fixos no quadro pintado da figura da falecida mãe do empresário. — Eu sinto muito pela morte da sua mãe, vocês eram muito apegados um ao outro e deve estar sendo muito difícil.

— Ela não gostaria de me ver como estou agora, na verdade, ela sempre me disse que eu não deveria chorar e que se fosse para despejar minhas lágrimas, que despejasse em um esconderijo. — ele diz, olhando no fundo dos meus olhos, o que me fez franzir o cenho. — Tenho que me manter forte, eu prometi a ela que nada me impediria de alcançar meus objetivos e ter tudo o que eu quero.

— Isso é verdade. — digo, esboçando um sorriso com os lábios. — Deve orgulhar sua mãe que vai estar te acompanhando onde ela estiver, saiba que eu estou aqui, como uma amiga que veio saber como você está... ainda que fosse inútil.

— Claro, uma amiga... — ele parece decepcionado, suspirando ao olhar para o teto. — E a sua presença nunca é inútil, para ser sincero, ver você, assim como está, me fortalece.

— Eu só vim para dizer que espero que fique bem e que sim, eu vim como a amiga que sempre fui. — digo, sem graça, jogando parte dos meus fios entre meus dedos para o lado. — Mas eu não posso demorar aqui.

— Antes que vá, eu só quero te fazer uma única pergunta e peço que olhe no fundo dos meus olhos e me responda com sinceridade. — as palavras de William fizeram meu coração disparar, mas eu apenas assenti positivamente. — Você já sentiu algo além de amizade por mim?

— Por que tem que me fazer perguntas difíceis, William? — minha pergunta foi um protesto à sua questão, o fiz rir.

— Eu te fiz uma pergunta e quero a minha resposta, Colder. — ele pressiona, me deixando sem saída, foi quando voltei a olhar no fundo dos seus diamantes azuis.