13. A Desertora

114 18 94
                                    

 Já era quase meio-dia quando todos deixaram o morro e foram para a casa da Anna, aproveitando que a lanchonete ainda não estava aberta, os cinco sentaram-se em uma das mesas.

 Anna havia ido buscar um lanche, enquanto todos ficaram, conversando sobre a nova descoberta de Carolina, a sua habilidade de cura. Isso havia atraído uma certa curiosidade de seus amigos.

 — Então, quer dizer — Pedrinho falava com Carolina — que você tem poder de curar?

 — Sim, a cura de ferimentos com água faz parte da hidrocinese, mas acredito que utilizando água potável, a ação de cura se sai bem melhor.

 — Então, você só pode curar ferimentos?

 Carolina remexeu os ombros.

 — É, eu acho que sim.

 — Como as suas queimaduras?

 — Aham.

 — E... uma pessoa atropelada, acha que pode curar?

 Carolina franziu a testa.

 — Eu não sei, Pedrinho.

 — E uma pessoa que foi atropelada depois de ter sido queimada viva, acha que pode curar?

 Carolina suspirou, mas para o seu alívio, Anna havia chegado da cozinha com uma bandeja, trazendo nela sanduíches e suco de laranja. E um cheeseburger duplo com bacon para Alice, se Dennis era imprevisível sem o dispositivo R.N.G., Anna não queria saber do que a sua amiga pantera era capaz quando estivesse com fome.

 Anna disse:

 — Acho que um lanchinho antes do almoço, não faz mal. Vocês não estão muita fome, né?

 Assim que Anna pôs a bandeja na mesa, todos atacaram. Cada um abocanhou um sanduíche, mastigando até o guardanapo.

 — Talvez, estejam. — Anna observou assustada.

 Alice foi a primeira a terminar, enquanto todos ainda estavam na segunda mordida, Alice já estavam na última. Rosnando enquanto mastigava seu cheeseburger, como uma leoa devorando uma zebra, Alice percebeu que todos estavam lhe observando.

 Com o rosto lambuzado de molho e ainda de boca cheia, Alice murmurou:

 — O que é? Nunca viu ninguém comer, não?

 — Sabe pessoal, eu andei pensando: — dizia Dennis — agora que somos mutantes, não podemos simplesmente sair por aí, usando nossos poderes naturalmente, expondo quem somos. Digo, se a gente precisar usar nossos poderes na frente de alguém, vamos precisar de algum disfarce e codinomes, entendem?

 — Identidades secretas. — Carolina simplificou — É uma ótima ideia.

 Alice falou:

 — Eu quero ser chamada de "Garota-Pantera" ou melhor, "A Fantástica Garota-Pantera"!

 Anna pôs a mão no queixo e pensou.

 — Eu quero ser chamada de...

 — "A Garota-Quente" — Pedrinho interveio —, ou "A Apimentada" ou quem sabe, a "Sedutora Garota-Ardente"...?

Fênix — Anna rosnou encarando Pedrinho — A ave que renasce das cinzas. Tem tudo haver comigo, nesse momento.

 Carolina falou:

 — Eu quero ser chamada de Aquática.

 — Um nome estranho e que ninguém sabe o que significa... — Alice comentou — É a sua cara. Perfeito para uma nerd.

Feras Noturnas e a Chuva Mutante (Livro Um)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ