17. Epílogo: O Mal Realmente Foi Vencido?

91 20 47
                                    

 — Isso tudo começou entre nós dois — Alice sacou suas espadas — e é entre nós que isso vai terminar!

 — Ah... Alice — Janderson rosnou —, eu estou com um apetite por carne e acho que você sabe do que eu estou falando.

 Alice saltou sobre Janderson com suas espadas, mas seu primo se desviou de todos os golpes, Alice tentou feri-lo no peito, mas Janderson se esquivou e fincou um espinho no braço de Alice. A garota gritou de dor e largou a espada, Janderson atirou outro espinho na coxa esquerda dela, fazendo Alice cair de joelho.

 Com o pé, Janderson empurrou Alice no ombro e a fez cair, enquanto preparava duas bolas de fogo em suas mãos. Sabendo que ele iria matá-la, Anna bateu suas asas e saltou, se colocando entre Janderson e Alice.

 — Fique longe dela! — Anna ordenou.

 Janderson trovejou com uma gargalhada.

 — Não deveria estar trabalhando na cantina da sua mãe, Anna Beatriz?

 Anna bateu suas asas e com os dois pés, chutou o peito de Janderson, fazendo-o cair pra trás, mas ele lançou espinhos nas asas de Anna que a fez cair também, suas asas ficaram imóveis com a dor dos espinhos.

 Ver a Anna naquele estado, fez Pedrinho explodir de raiva.

 —  É de espinhos que você gosta, não é? — Pedrinho cerrou o punho.

 — Cai fora, gorducho!

 Pedrinho gritou:

 — NINGUÉM TOCA NA MINHA MULHER!

 Ele fez um movimento com o braço, descrevendo um arco no ar e o rosto de Janderson ficou coberto de espinhos. Janderson berrou de dor e fez o seu corpo entrar em combustão, carbonizando os espinhos.

 — Maldito!

 Janderson correu de quatro em direção a Pedrinho, um vulto passou por entre eles e Janderson sentiu alguém pular em suas cotas, fazendo ele bater o rosto no chão. Um braço se pôs em volta de seu pescoço com um aperto forte e a voz de Dennis sussurrou em seu ouvido:

 — Você não disse que veio aqui por minha causa?

 Janderson soltou um rugido e se jogou pra trás, esmagando Dennis. Janderson se levantou e com um salto, Dennis se pôs de pé e socou o rosto de Janderson que feriu o rosto dele com suas garras, fazendo o sangue de Dennis respingar pelas paredes. Dennis caiu aos pés no painel de controle, rápido como uma flecha, Janderson foi até ele, mas Dennis, rapidamente virou-se para Janderson com uma pistola em mãos, mirando no rosto de Janderson.

 — Espero que seja aprova de balas. — Sangue e suor escorria do rosto de Dennis.

 Janderson zombou.

 — Você não tem coragem.

 — Não acha que já me subestimou demais? — Dennis se preparou para puxar o gatilho.

 Janderson ficou quieto.

 Dennis fechou os olhos e puxou o gatilho, mas seus dedos ficaram duros com o nervosismo, até que ele ouviu um estouro que fez seus ombros saltarem.

 Dennis abriu os olhos e viu Janderson cair desfalecido no chão. Mas sua arma ainda estava fria, Dennis não havia conseguido fazer o disparo. Ele olhou em volta e viu Priscilla com os olhos cheios d'água, ofegando e em suas mãos, uma arma.

 Dennis olhou para o Monstro de Janderson e viu um dardo tranquilizante em suas costas.

 — Obrigada — disse Priscilla, chorando —, por não atirar nele.

Feras Noturnas e a Chuva Mutante (Livro Um)Where stories live. Discover now