MY TRUE LOVE GAVE TO ME | L.S.

MIDNIGHTS

MEIAS-NOITES
Versão original por Rainbow Rowell
+6.000 palavras

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31 de dezembro de 2014, quase meia-noite.

Estava frio no terraço, debaixo do deque. Gélido. Escuro.

Escuro porque Louis estava lá fora à meia-noite, e escuro porque ele estava nas sombras.

Era o último lugar onde qualquer pessoa o procuraria; qualquer pessoa e, em especial, Harry. Ele perderia toda a agitação.

Graças a Deus. Louis devia ter pensado nisso antes.

Ele se encostou na casa de Perrie e começou a comer o mix de nozes que levou para fora. (A mãe de Perrie preparava o melhor de todos.) Louis conseguia ouvir a música que tocava lá dentro, e, de repente, não mais. Isso era bom sinal. Significava que a contagem regressiva estava começando.

- Dez! - gritou alguém.

- Nove! - juntaram-se mais pessoas à contagem.

- Oito!

Louis ia perder a coisa toda.

Perfeito.

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31 de dezembro de 2011, quase meia-noite

- Tem nozes nisso? - perguntou o menino.

Louis fez uma pausa enquanto segurava uma torrada com pesto e cream cheese na altura da boca.

- Acho que tem pinhão... - disse ele, enviesando os olhos para avaliar.

- Pinhão é um tipo de noz?

- Não faço ideia - disse Louis. - Pinhão não dá em pinheiros, dá?

O garoto deu de ombros. Tinha cabelos cacheados e olhos verdes bem abertos. Usava uma camiseta do Pokémon.

- Não sou especialista em nozes - disse Louis.

- Nem eu - falou ele. - Era de se esperar que eu fosse: se comer uma por acidente, posso morrer. Se existisse alguma coisa que pudesse matar você, não tentaria ser especialista nela?

- Não sei... - Louis enfiou a torrada na boca e começou a mastigar. - Não sei muita coisa sobre câncer. Nem sobre acidentes de carro.

- É... - disse o garoto, olhando com tristeza para a mesa do bufê. Ele era magricela. Pálido. - Mas nozes têm algo contra mim, alguma coisa pessoal. São mais assassinas do que, tipo, perigos em potencial.

- Caramba - disse Louis -, o que você já fez para as nozes?

O garoto riu.

- Comi algumas, eu acho.

A música, que estava muito alta, parou.

- É quase meia-noite! - gritou alguém.

Os dois olharam em volta. Perrie, a amiga de Louis da escola, estava de pé no sofá. A festa era dela, a primeira festa de ano-novo para a qual Louis, aos quinze anos, fora convidado na vida.