Capítulo 10: Insano

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~Sam On~

~Não sobrevivi a esse gif, estou me comunicando e escrevendo NQL pelo wifi do Céu~

Nunca tinha ido a uma festa como aquela. E no começo achei mesmo que seria um verdadeiro tédio. Mas quando minhas melhores amigas chegaram, me animei. E em poucos minutos, eu já me sentia totalmente livre. Dancei demais, nunca fui muito de beber então depois que vi que já estava ficando tonto, parei. Fiquei apenas na soda limonada.

Em determinado momento da festa, as pessoas começaram a ficar completamente perdidas. Estavam fazendo até xixi por toda a parte... Ou seja, eu queria ir embora. Vai que na cabeça do Brandon, os calouros tem que arrumar a casa também, não vou mesmo limpar xixi e vômito de ninguém.

Fui pegar minha mochila que estava no quarto de hóspedes. Para minha surpresa, aquele cômodo, no segundo andar, ainda estava inabitado, intocável. Isso era raro porque acho que todos os outros lugares daquela casa já tinham sido dominados. Como os pais daquele garoto tinha coragem de deixar aquilo acontecer na casa deles?

Peguei minha mochila e antes que pudesse sair do quarto, sinto aquela muralha se dirigindo até mim.

- Você está aí- a voz saiu grossa e embaraçada.

- Que foi? - perguntei confuso.

- As bebidas estão quase acabando. - reclamou e foi entrando no quarto.

- Charlie, você está bem bêbado, não acha que é hora de parar? - sugeri.

Mas como poderia imaginar, ele não queria nada de mim, muito menos minhas sugestões.

- Quem você acha que é? - ele gritou- Sério, já estou cansado! Por que você está em toda a parte?

Ele ficou gritando e vindo para cima de mim, ele estava agressivo e desesperado. Eu podia ver ódio em seu olhar. Não me intimido fácil por ninguém mas algo me fez tremer.

Quando notei ele já tinha feito eu me encostar na parede amadeirada do quarto.

- O que eu te fiz? - gritei de volta.

- Você simplesmente existe. Não gosto de você. Eu não gosto, não gosto- ele ficou repetindo.

- Também não gosto de você idiota! - rebati. - Você tem algum tipo de problema mental - falei e fui sair mas ele me jogou violentamente contra a parede.

E então tudo aconteceu muito rápido, sua mão fechou-se em um soco, pressionei meus olhos, aquilo iria doer, só não achei que fosse bagunçar tudo. Respirei uma vez e esperei o impacto, uma de suas mãos pressionava meu peito, a outra livre para ferir-me. Mas o golpe não veio.

Meus olhos continuaram fechados e então aquilo realmente me atingiu. Abri meus olhos rapidamente, respirando fundo. Mas então ele já estava encostado em mim, seu corpo forte já me pressionava contra a madeira que recobria o quarto. Sua mão já segurava meu pescoço. Dominando-me.

E o mais importante seus lábios já estavam nos meus, meu cérebro deve ter levado uns três segundos para enviar a informação para que eu retribuísse o beijo. O que? Eu retribuí.

Sua língua quente e macia devorou-me, era um beijo desesperado, intenso, uma verdadeira luta praticamente. Nunca tinha beijado ninguém daquela forma. Nunca tinha me sentido tão fora de mim, depois de alguns segundos tomei a liberdade para tocar em seu corpo, seus braços fortes para um adolescente. Suas costas rígidas.

Ainda bem que ele me segurava pela cintura porque do contrário já estaria no chão. Esqueci de quem eu era, e obviamente esqueci quem estava comigo. Aquele estava sendo o momento mais excitante da minha existência. Oh Céus, como aquele garoto beijava bem.

Entre VírgulasWhere stories live. Discover now