Capítulo 43: Passado

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~Sam On~

~Já deixa o voto para o amor não morrer. Botei a foto de um dos meus otps na mídia, porque um casal é um casal. Espero que inspire todos a amarem mais~

Toda aquela semana foi como uma enorme ressaca. Ninguém estava muito bem, sempre que olhava para Leah meu coração se apertava. Após ela me contar o que tinha acontecido, mal acreditei. Aquilo foi tão pesado, não imaginava que sua cabeça estava assim tão confusa a ponto de tentar interferir no namoro de Caleb e Olivia.

Se bem que não acho que os dois iam dar certo mesmo. Olivia era muito passional e carinhosa mas aquele relacionamento com Caleb não foi tão legítimo. Ela nunca tinha mencionado a existência dele antes de saber que Black gostava dela. Não que isso fosse um fator limitante mas sei lá... Quem sou eu para saber o que significa um romance não é mesmo?

Meu pai também parecia bem aéreo. E eu ainda não tinha engolido o fato dele simplesmente decidir não contar onde minha mãe estava ou quiçá quem era ela. Isso era um absurdo. Decidi que se ele não ia me contar, faria o possível para descobrir sozinho.

Um dia quando ele não estava em casa, fui em seu quarto e comecei a vasculhar qualquer indício de passado. Meu pai não era o cara mais apegado do mundo, exemplo disso é que não teve relacionamentos duradouros desde que me entendo por gente. Acho que Elis foi a primeira mulher que vejo ele tão entusiasmado. Fora ela, mais ninguém.

Isso era o que eu achava até encontrar uma pasta, deixei cair do guarda roupa e várias fotos se espalharam. Apanhei rápido, não queria fazer bagunça. E vi aquela mulher. Uau. Ela era simplesmente linda, cabelos curtos descolados, ela usava batom cor vinho e jaqueta jeans em uma foto. Em outras pareciam ser tiradas espontaneamente, em outra estava com meu pai, os dois sorrindo, felizes, juntos.

Atrás de uma foto o nome. Cloe. E uma data... Meu coração bateu mais forte. Eram de menos de um ano antes de eu nascer. Meu Deus, aquela era a minha mãe?

Em outra foto, estavam meu pai, a Cloe, Victoria, Harry e Charlie que era apenas um bebê. A essa altura do campeonato estava tremendo. Peguei uma das fotos da mulher e guardei as outras. Fiquei no meu quarto por horas, olhando para o teto e pensando nisso.

Meu celular vibrou, olhei a tela. Meu sorriso saiu automaticamente.

''Vamos sair?''

Na noite da festa de Caleb, eu tinha bebido tanto que mal conseguia andar reto. Estava dançando com gente que nem conhecia até que sinto as mãos de Charlie em meu ombro, ele sussurrou em meu ouvido: '' Precisamos conversar''.

De feliz passei para alguém atingido pela bad. Era um fato que pensar em Charlie ou gostar dele eram uma verdadeira sofrência na minha vida. Mas era inevitável. Andamos até o seu carro.

- É melhor ficarmos escondidos, você nunca teria coragem de falar comigo em público, quer dizer... Fazer outras coisas comigo em público- Eu disse e sentia minha voz meio zonza.

Fiquei de braços cruzados no banco do carona.

- Ninguém precisa saber da nossa vida.

- Nossa? - eu ri debochado.

- Charlie, o que adianta eu ficar perdendo meu tempo com alguém que nunca vai me tratar como eu mereço? - Balancei a cabeça.

- Acha que ficar comigo é perda de tempo? Nossa... - Ele pareceu ficar afetado.

- Não achei que fosse mas agora, nem sei.

- Já te disse que aquilo com a Pamela não foi nada e acabou. Se eu pudesse me livrar disso, eu me livraria, me afastaria de você e de tudo isso. Mas não consigo, Sam... - ele olhou diretamente para mim. - Só o que consigo fazer é pensar em você.

Entre VírgulasWhere stories live. Discover now