Capítulo 25: Liberdade

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~Leah On~

~Capítulo pequeno porque amanhã vou postar mais, dividi para não deixar vocês sem caps hoje, já deixa seu votinho para ajudarrrr~

Eu estava completamente suada. Era como se eu quisesse esgotar todas minhas energias ali no meio daquela multidão, ao som daquela música eletrizantes, sob aquele sol que já começava a dizer adeus. Só queria esquecer do que tinha acontecido nas últimas horas.

Como eu pude me enganar tanto? Como pude ter inventado tantos futuros diferentes e feliz ao lado de alguém que nunca poderia me dar o que eu queria?

Ainda é completamente tenso enfrentar essa realidade. Mas como Sam não cansa de dizer ''a vida tem que seguir'', ou seja, eu preciso continuar com minhas metas de futuro mesmo que deixem de envolver Ben.

O bom de recomeçar é se reinventar. Claro que diferente do que Sam apontou, não acho que minha vida se resumia ao Ben. Não. Não era assim. Mas a verdade é que passava uma grande parte do meu tempo pensando nele, isso me deixou mais ansiosa, principalmente depois que ele veio morar na minha casa. Com essa ruptura, mesmo que ainda tenha algumas convicções, no geral, eu não sabia definir o que eu era, nem o que queria ser.

A ficha obviamente não tinha caído mas acho que uma hora ou outra tem que acontecer. Não considero que tenha deixado de estar apaixonada por Ben mas no momento que Parker se aproximou e começou a lançar seus olhares e a dançar junto a mim... Bem, naquele momento eu estava disposta a deixar rolar.

- Você está diferente Leah Valentine... - Parker Parker disse com seus olhos penetrantes e seu sorriso juvenil.

- Talvez. Hoje eu quero só me divertir - Falei sorrindo e pulando mais ainda.

- Sabia que eu sou um passaporte para a diversão? - Seu sussurro no meu ouvido despertou algo em mim. De forma alguma era amor ou qualquer sentimento que se aproxime disse. Eu senti o que todo adolescente no universo sente quando tem um ser que te atrai, simplesmente praticamente tocando os lábios em seu pescoço. Tesão. Desejo. Vontade.

E quando eu finalmente olhei Parker novamente, suas mãos já estava tocando minha cintura e eu já não estava mais dando a mínima em segurar alguma coisa.

Essa foi uma das lições que aprendi com essa imensa confusão envolvendo Ben. Eu demorei anos, anos... Para finalmente ousar demonstrar o que eu sentia. Para que? Se eu tivesse feito isso quando eu tinha sei lá, doze anos, seria menos patético para mim. Agora eu tinha dezesseis, era para ser mais madura, não era. Mas está aí uma coisa que eu queria ser. Madura.

Esperar demais era uma imensa desculpa para não viver. Não queria mais isso.

Acho que surpreendi Parker quando segurei em seu pescoço e com isso dei o imenso sinal verde para ele avançar... E como avançou. E posso dizer, que beijo. Uau. Tem aquela frase que diz: ''Quem muito fala, pouco faz.'' Sem dúvidas, Parker amava falar, instigar, dizer que levaria alguém para o céu ou que era ''um passaporte para a diversão''. Mas oh céus, ele cumpria o que prometia.

Sua língua parecia ter trocado altas ideias com a minha em algum momento porque ela sabia exatamente o que fazia. Suas mãos encostavam nos lugares certos, eu até esqueci de onde estava, esqueci de tudo, aliás.

Quando abri os olhos, muito tempo depois já que engatamos vários beijos seguidos, ele me abraçou e me girou. Respirei, senti o vento tocar meu rosto e olhei para as pessoas a nossa volta, vi Trine conversando com uma garota ruiva, vi Sam, ele continuava a dançar, sorri para ele que não podia estar com um sorriso maior voltado para mim.

Entre VírgulasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora