Semana 5

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Eu com certeza não era a única viciada em Kafé, aparentemente Theo também estava, o que foi comprovado com a mensagem que ele tinha acabado de mandar.

"Hoje eu só vou onde você quiser ir, posso te ver sem precisar te olhar. A culpa não existe, eu posso te provar".

Um trocadilho para:

1) Íamos sair de novo, mas, dessa vez, eu que ia escolher a baladinha;

2) Ele estava me vendo pelo vidro do carro, já que eu estava sentada na recepção do prédio distraída com o celular e nem ouvi a buzina;

3) Fui derrubada muito feio na última aula de Boxe, então, talvez, essa fosse a culpa? O que ele queria provar?

Entrei no carro e uma música da Tove Lo estava tocando na rádio, o que já me fez sentar no banco cantando. Theo balançou a cabeça como se eu não tivesse jeito e eu lancei o meu melhor olhar de me dá dinheiro, mas não me dá confiança.

– Para onde vamos, madame?

– Come on, I know I'm gonna get hurt. Come on, zero fucks about it. Come on... – Ele continuou olhando para mim esperando uma resposta, paciente. – Para a maior balada gay que você respeita, a Polaris.

– Balada gay, Pamela?

– Sim, balada gay, Theodore, eu tenho uma mensagem aqui dizendo que você vai onde eu quiser e as baladas gays são as melhores.

– Já estou me arrependendo pela mensagem. – Deu partida no carro e eu bem sabia que ele estava mesmo é fazendo doce, Theo não tinha cara de quem ligava se a balada era gay ou hétero.

– Para de show – falei aumentando o volume do som e ele abaixou.

– Você sabe por que se chama Polaris?

– Porque o dono gostava de estrelas? – Chutei, Polaris parecia nome de estrela.

– Isso mesmo.

– Sério?

– Sim, ele queria um nome de estrela pra balada. – Olhou rápido para mim e me viu atônita. – Não vai me dizer que você tinha chutado.

– Não – menti, mas eu era uma péssima mentirosa.

– Sei...

– De tanto jogar Quest acho que fiquei boa no chute.

  👊👊👊  

Chegamos na balada e entramos sem problemas. As músicas que tocavam faziam o meu corpo ganhar vida própria, por isso o meu primeiro rumo foi a pista de dança, enquanto a de Theo foi o bar.

– Vou pegar uma bebida pra gente – disse, antes de seguir caminho em direção aos álcool.

Continuei dançando as músicas que tocavam, todas faziam todo mundo gritar a letra juntos e ali eu praticamente me sentia em casa. Theo voltou com a bebida e acabou me acompanhando nas dancinhas ridículas, até que um remix de Treat you better do Shawn Mendes começou a tocar.

Ele mexia o corpo junto com o ritmo e arriscava cantar alguns trechos junto.

I know I can treat you better...

Better than he can! – Gritei no ouvido dele e joguei os braços pro alto como a louca que eu era.

Ele riu.

Em alguns momentos riamos juntos, ficávamos um encarando o outro, os copos de bebida foram sendo esvaziados e cheios, o tempo foi passando.

Então, algo no ar pareceu mudar, Miley Cyrus cantava Stay, mas era um remix mais caliente com direito a lambada. As mãos de Theo foram parar na minha cintura e eu não sabia como, porém, em poucos segundos estávamos nos beijando.

Cor de MarteTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang