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N/A I: Oi gente! Antes de vocês começarem a ler, gostaria de pedir que vocês foquem na idéia de que Louis não se vê da mesma forma que Harry o vê okay? Isso é importante para o desenvolvimento da história pelos próximos três caps.

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(Louis)

Zayn me disse algumas vezes, há um tempo atrás, que queria que as pessoas viessem com um manual de instruções. Eu achei a idéia boa no começo, até que eu parei para pensar em como as pessoas seriam obrigadas a me tratar, e eu mudei de idéia.

A minha família me trataria, no mínimo, como alguém que quer chamar a atenção e provavelmente, se eu tivesse um psiquiatra, ele também diria isso. Talvez ele colocasse o meu número de irmãos na jogada, o que seria bem baixo da parte dele, mas na cabeça das pessoas comuns, isso faz sentido.

Mas não na minha.

Por que eu gostaria de ser tratado diferente se justamente o que eu quero é me sentir verdadeiramente parte de algo?

Eu prevejo o pensamento das pessoas. Elas dizem: 'Mas você é tão jovem e tem tudo! O que você precisa mais Louis?! Isso é doença'

O que eu preciso? Eu preciso achar que a minha vida vale a pena. Que eu valho a pena. Mas não para os outros.

Que eu valho a pena para mim mesmo.

Que eu queira acordar todos os dias por mim, para fazer a minha vida andar. Eu preciso que a parte do meu cérebro que diz que nada do que eu faço é válido ou que eu não sou algo que as pessoas querem lutar, pare de falar.

Eu preciso me fazer acreditar que eu sou uma parte importante da minha própria vida, e não algo que pode acabar e não vai fazer diferença.

Pra mim, a única coisa que faz sentido na minha vida, e que eu não minto sobre, é o meu futebol. Eu me acho bom. Não sou o melhor, nem de longe, mas acho que sou bom, e eu amo fazer isso.

Eu só queria que fosse suficiente.

Eu dou tudo de mim em cada coisa que eu faço para as pessoas e para o meu futebol. Inclusive chegar atrasado nos treinos, o que no dia da academia me rendeu alguns abdominais a mais.

Acordei atrasado para o treino e também para pegar minha irmã Lottie, que foi comigo no aniversário do clube, e não quis deixa-la vir de taxi já que tinha dito que iria busca-la. Corri para o aeroporto pegando o transito do ano, sem dúvidas e assim que cheguei lá, me deparei com os gritos de Mark e no quão ferrado estava.

Troquei algumas palavras com Zayn e me perdi por alguns minutos no quão Harry conseguia ser maravilhoso. O quanto seu corpo era perfeito, seu abdômen malhado e seu corpo me dando sensações que eu tentava não sentir há um tempo.

Zayn falava algo sobre o seu peguete, o tal de Liam, ter voltado dos EUA e eu só conseguia olhar para todas as tatuagens de Harry que eu ainda não tinha conseguido ver.

Mas aquilo não seria possível. Não comigo.

Corri para a esteira e comecei a correr o máximo que eu podia, tentando afastar qualquer pensamento que pudesse me deixar não me concentrar no meu trabalho nesse momento.

Mas era impossível.

Eu pensava no meu próprio corpo. Na quantidade de gordura que eu tinha, no meu abdômen enorme, nas minhas coxas grandes que se prendiam no uniforme e eu odiava. Na minha bunda que era tão grande que me fez andar por ai com calça de moletom durante anos para que ela não aparecesse tanto.

Naquele momento eu só conseguia pensar no quão estragado eu sou por dentro. Alguém que não consegue controlar se quer a própria mente e o próprio corpo, como pode pensar que alguém pode querer saber de mim.

GOALS (l.s.)Where stories live. Discover now