P- II

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(HARRY)

Se eu não conhecesse Louis eu diria que tudo estava bem, mas sabe quando você não se sente bem com você mesmo?

Durante todo esse tempo que estamos juntos, eu notei que ele sempre faz de tudo para que não briguemos uma com o outro e nem nada que o clima fique ruim. E eu também faço

Mas as vezes, nesses tempos de ajustes que eu acho que ainda vivemos um com o outro, eu acabo falando demais.

Tem sido um pouco difícil.

Desde a briga com Louis que nos reconciliamos no vestiário, eu tenho perdido a paciência comigo mesmo inúmeras vezes e com as pessoas ai meu redor, só que elas não tem culpa.

Eu tento não atingir ninguém, fazer todo mundo estar feliz e guardar para mim, fazendo com que eu as vezes eu fique mais quieto ou acabe soltando a primeira coisa que vem na minha cabeça.

Eu sei que Louis pode não estar mais bravo comigo, mas ele está distante. Eu sinto que as coisas melhoraram desde que conversamos sobre o que aconteceu com o tal fotógrafo também, mas foi aquele momento que eu notei que... Que eu estou sufocado.

Mas não por Louis, nunca por ele. Louis é quem me mantêm de pé.

Mas sufocado por toda essas pessoas ao meu redor, e o que é pior, ao redor da minha família, os expondo há uma vida que eles nunca quiseram ter.

Eu e Liam escolhemos, mas com Liam é diferente. Parece que a pressão não é tão intensa quando falamos sobre ele.

Eu amo Louis com cada parte de mim. Todos os meus batimentos cardíacos só tem sentido quando meus olhos conseguem se cruzar com os dele. Tudo se resume a abraça-lo no fim da noite e ouvi-lo murmurar nosso usual 'eu amo você' antes de dormir.

Estávamos vendo televisão naquela manhã, antes de irmos a noite para um jantar em Doncaster na casa dos pais de Louis, pois ele decidiu que era hora de conversarmos com eles, mas não conversávamos muito. Só estávamos lá, vivendo parte de uma rotina que amávamos.

Mas eu sentia aquela coisa dentro de mim, de que nós estávamos bem, mas as palavras ainda ecoavam na minha mente.

Louis se levantou, colocando a lata de redbull que ele tomava em cima da mesa de centro e saia da sala sem falar nada

- Onde você vai amor? - Me virei apoiando meu braço no encosto do sofá, vendo Louis dar passos firmes no chão enquanto tirava o moletom que usava, andando lentamente para o nosso quarto

- Tomar um banho... Já volto...

E continuou andando, até que eu ouvi a porta do banheiro se fechar, sem nem mais uma palavra ou sem nem um usual 'Vem comigo?' que é frequente quando temos um tempo só nós dois...

Eu suspirei fundo e me joguei no sofá. Era tudo culpa minha e eu sabia.

Olhei para o teto por uns momentos, não querendo que aquele nó que eu sentia na garganta continuasse. Depois disso, me levantei, já tirando a roupa que usava, caminhando até o banheiro que Louis estava, ainda ouvindo o barulho da ducha e dei três batidas na porta do banheiro, vendo Louis abrir a porta do box com shampoo nos cabelos.

Louis olhou para mim, esperando que eu falasse alguma coisa, e eu só consegui olhar para baixo, sem fita-lo, como se aquilo tivesse me inibido.

- Posso entrar ai também?

- Claro Hazz... Você sabe que não precisa perguntar - Louis se afastou e eu entrei, fechando a porta do box atrás de mim.

Todas as vezes que eu via o corpo de Louis nu, ainda sentia um apelo sexual enorme. Ele tinha suas curvas tão definidas e sua pele morena em contraste com a minha me deixava pensar que ele era a perfeição em forma de ser humano.

GOALS (l.s.)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora