10. Cristalinos

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[...]

Duas semanas voam diante dos olhos de Louis e Harry e antes que possam perceber, há apenas outras duas que os separam do dia do nascimento dos bebês. Eles não fazem ideia de como chamá-los e no momento, estão brigando sobre os quartos. O enxoval deveria estar pronto agora, mas para comprar o enxoval, é preciso saber em qual quarto o bebê vai dormir e não existem mais quartos na casa de Louis.

- Você pode apenas parar de ser teimoso por trinta segundos?! É o tempo que eu preciso para ligar para a secretária da imobiliária e marcar uma visita. Aceite que não vai mais poder morar aqui, é pelos seus filhos, Louis! - Harry se descontrola, gritando com o menor exatamente do jeito que ele havia prometido a si mesmo não fazer. Com a gravidez em um estado tão delicado, ele tinha um acerto consigo mesmo: não estressar Louis de forma alguma até o nascimento dos bebês. A promessa parecia muito mais fácil na teoria, mas na prática, se provou muito mais difícil.

- Mudaríamos para onde? - Louis bufa, se jogando no sofá da sala. Ele sabe que precisam se mudar o mais rápido possível e comprar todas as coisas que os bebês vão precisar ainda esta semana, sabendo que na próxima precisa estar de repouso absoluto. Harry entrou em uma espécie de licença paternidade para poder estar com Louis durante este tempo todo, secretamente muito empolgado com toda a situação.

- Qualquer lugar que você quiser, senhor acionista de uma grande empresa. Dinheiro não é o problema e tem aquela casa que o Ed comprou um pouco antes de ficar doente, aquela que nós visitamos e você adorou. Tem 6 quartos; um pra você, um pra mim, um pra bebê e um pro bebê. - Harry explica, mais tranquilo agora e se jogando no sofá ao lado de Louis. Ele se assusta quando Louis se retrai para longe, então notando algumas lágrimas pelas bochechas dele. Tem sido estressante e até mesmo ele já chorou, são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

- Eu sou um pai tão ruim! Eu sou tão egoísta que não quero mudar de casa nem pelos meus próprios filhos. Para piorar, não consigo ter uma ideia de nome decente, você tem noção? - Ele choraminga, encostando a cabeça no ombro de Harry, que se move desconfortável. Não está acostumado a confortar pessoas, mas segue seus instintos e envolve a cintura de Louis com seu braço, parando com a mão na barriga grandiosa. O carinho acalma o menor, então ele sorri.

- Você não é um pai ruim, Louis, só está apegado a esta casa. Você está aqui há tanto tempo e já viveu coisas tão boas que é difícil pensar que se mudar não significa o fim do mundo. Realmente, não é o fim do mundo, é só o fim de um ciclo. - Harry reflete, olhando para a televisão desligada à sua frente. - Você apenas não quer deixar isso para trás e esquecê-lo, não quer superá-lo e isso eu posso entender.

- Eu o amo tanto e ele me pediu para não esquecê-lo, mas eu sinto que estou tão distraído que não consigo lembrar dele nunca. Quando eu deito na cama, eu apenas... apago e nem me lembro. No entanto, eu revivo cada memória e isso é muito doloroso, me faz ter dor de cabeça. - Louis desaba, colocando tudo aquilo para fora. Harry e ele estão no mesmo barco; já não faz mais sentido tentar parecer mais forte na frente do mais velho, nem mesmo ele o faz. Styles pode não falar sobre o que sente com frequência, ou não falar nunca, mas ele já não tenta parecer superior na frente do menor porque a esta altura do campeonato, tudo o que eles querem é se ver livres da polícia para criar os bebês em paz.

- Não costumo dizer essas coisas para outras pessoas e, definitivamente, não esperava dizer isso para você ainda nessa vida, mas você é uma boa pessoa e ama o meu irmão de verdade. - Harry diz as palavras que tem um gosto amargo em sua boca, porque agora ele está aceitando que tem sentimentos por Louis e por isso, ter que falar sobre o amor do de olhos azuis por outro homem é estranho. - Você não vai esquecê-lo e... quando os bebês chegarem, você vai poder olhar para eles e lembrar do Ed.

Say You'll Remember Me || L.S. MPreg!LouisUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum