10_ ME DEIXA EM PAZ!

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Música: Asking Alexandria - The Black

          O frio estava fazendo minhas pernas paralisarem

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          O frio estava fazendo minhas pernas paralisarem. Estava escurecendo e já estava longe de casa.

          Corri bastante. Com uma velocidade sobre-humana.

          Desde que pulei da janela de casa, que tinha uns 8 ou 10 metros até o chão, eu corri como se estivesse fugindo de um monstro. Parecia estar voando entre os becos.

          Começava a correr tanto que nas laterais — prédios, grandes edifícios, carros e etc — começaram ser apenas borrões para meus olhos lacrimejados. Estava estranhamente rápida, só conseguia ver o que estava a minha frente.

           Só parei num lugar escuro quase fora da cidade. Cheguei em menos de um minuto. E nem parecia estar cansada, não suei e não cansei.

           Sentei abaixo da ponte, que dividia essa cidade da próxima. um pequeno lugar para pescadores que desistiram de pescar, pois a água estava sempre muito agitada.

           Estava congelando meus braços e as partes do corpo que não estavam cobertos. Estava vestida ainda de camisola — um pequeno vestido transparente e branco, que era muito acima dos meus joelhos, bem curtos.

          Estava com muito medo.

          Pensei muito, sobre as bolsas de sangue, sobre o que estava acontecendo comigo ultimamente, e principalmente em Adrian.

          Ele não saía da minha cabeça, acho que era o meu único ponto positivo que tinha no momento.

"Porquê nascemos?"

"Existe paz para as pessoas que são possuídas por demônios andarilhos?"

"Existe salvação para uma pessoa como eu?"

          Minha cabeça doía. Meus choros ecoavam entre aquela água escura que tinha alí. Pensava na pobre médica que provavelmente poderia estar morta. Eu sou um monstro..

         Olhei para a água e resolvi seguí-la. Ir para onde ela me levar. Porque para casa eu não estava afim de voltar, não depois do que aconteceu.

         Meus passos eram curtos, as lágrimas ainda desciam. A corrente da água me desligava um pouco do mundo.

         Cheguei no fim, onde tinha a cachoeira, acho que era uns 50 metros, ou mais.

        Olhei aquela água. Pensei na minha vida e o que mudou, sobre as pessoas que iriam me odiar se souberem que estou possuída por um demônio com sede de sangue.
         Com lágrimas sobre meu rosto, sussurrei fixada naquela água:

— Não aguento mais! — Fechei meus olhos em frente a água.

— O que você disse? — Uma voz grossa pergunta alguns segundos depois. Uns cinco metros de distancia. Me viro rapidamente assustada. — O que você disse? Está tudo bem?

A ÂncoraDove le storie prendono vita. Scoprilo ora