A Âncora

87_ Salvarei ela

Música: Johnnie Guilbert - Not So Perfect

Ária On~

— Aqui.. — Entrego os bebês para Alicia e corro até Yuna que acabara de consegui fechar a falha no espaço.

           Ela estava desgastada, mas além de ser a Bruxa original e a mais poderosa da história, tinha energias de sobra dentro de suas veias.

           Ver Halfh desligar sua parte que o deixava vivo me fez lembrar de como foi difícil suportar Rachel sem sua humanidade. De como sofri por saber que ela estava tirando vidas inocentes. Não posso deixar que Halfh faça a mesma coisa que ela, que estrague sua vida.

           Ergui minhas mãos com as pontas do dedos roxas e levitei para não tocar o chão me conectando com Yuna novamente.

— Precisamos salvá-la. —  Deixo as lágrimas presas dentro de minhas pálpebras e olhando de relance o corpo frio de Rachel debaixo da árvore.

          Yuna franze a testa e me olha com receio.

— Não podemos desobedecer as regras do sobrenatural.. — Permanecí calada enquanto minhas esperanças caía por água abaixo. — Sou uma bruxa da luz, e esse tipo de feitiço requer escuridão.. — Diz se levitando.

— Faz alguma coisa, por favor.. — A olho ficar alguns metros longe de mim. — Me ajuda a invocar os espíritos ancestrais das antigas Tankerts.. — Peço-lhe quase implorando. — Por favor..

— Ária... oque está me pedindo é quase impossível.

— Mas não é impossível. — A interrompi. — Ela é minha prima. Minha irmã. A única que sempre esteve comigo. Não me deixa perdê-la.

— Assim seja.. — Yuna abre os braços se erguendo pelos ares enquanto todos nos olhavam curiosos.

            Sinto minhas pernas formigarem e assim que fecho meus olhos todos os barulhos de folhas e vento desaparecem me deixando apenas com o silêncio.

— Abra os olhos filha.. — Ouço a voz da minha avó e rapidamente abro meus olhos.

            Árvores e flores eram oque meus olhos mais viam além da bela mulher de fogo bem à minha frente. Flutuando como folha e iluminada como o sol.

— Vovó? — Tento mexer minhas pernas para correr e me apertar em seus braços.

— Está imóvel.. - — Ela diz se aproximando e deixando as faíscas de fogo de relance cair ao chão. — Deve está em desespero para que venha até o lar das Tankerts ancestrais.. — Um sorriso de lado da mulher que não aparentava ter seus oitenta anos, e sim uns quarenta ou menos. — Deve ter várias perguntas minha neta querida.