5_ >Lúcia< Parte 4

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Música: Twenty One Pilots - Gone

          No hospital, Marcos não faltava um dia se quer para vê-la

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          No hospital, Marcos não faltava um dia se quer para vê-la.  Se perguntando a si mesmo o que havia acontecido pra ela estar daquela forma, sem ao menos abrir os olhos.

         Já fazia uma semana que ela estava alí deitada naquela cama, sem apenas uma reação física.

         Me doía ir naquele lugar, não só pelo fato de estar dentro de um lugar que minha vó havera morrido, mas por Lú ser possivelmente a proxima vítima dele, e que provavelmente seria minha culpa.

       E com certeza eu não iria me perdoar nunca se algo acontecesse com ela.

—  Não se culpa Rachel. Acontece com todos! — Lizza tenta me acalmar de alguma forma pondo a mão sobre meu ombro. Parecia ter lido meus pensamentos.

          Ninguém sabia o que realmente aconteceu. Contei uma história totalmente diferente da real. Além do mais, todos iriam me culpar por invocar um demônio que quase matou Lú. Já estava me sentindo muito culpada por isso, não queria todos me julgando por mais uma burrada minha.

         O suposto ataque que ela deu bastou para que todos acreditassem em mim. Ter mentido para todos, e para os meus melhores amigos, não foi uma opção muito legal, mas foi a única que encontrei no momento.

          Prometi a mim mesma que arranjaria coragem pra falar a verdade em algum outro momento.

— Eu sinto muito Lú, sinto muito mesmo.. se eu soubesse, nada disso teria acontecido! — Sussurrei perto dela enquanto Marcos, Lizza e Leandro estavam na porta conversando. — Se tivesse como eu trocar de lugar com você minha amiga.. Tudo isso é minha culpa. Me des...desculpe! — Baixei minha cabeça sobre a mão de Lú.

          Muito cansada, fecho meus olhos por alguns segundos. O sono e a dor de cabeça dentro de mim, estavam me controlando.




             Ouço uma voz ecoar dentro da minha cabeça. Repetindo a mesma frase, até eu levantar-me.

           Estava tudo claro, parece que aumentaram as luzes naquela sala vazia e espaçosa.

— Com licença moça. Encerrou a visita! — Uma médica entra e fala com uma pasta cheia de folhas limpas e uma caneta rosa.

Uniformizada como tal e com um batom vermelho.

Achei estranho. A conhecia de algum lugar.

Mas, obedeci.

         Levantei-me da cadeira, limpei minhas lágrimas e fui andando em direção a porta.

          Olho para trás e ela quase estava injetando algo nos tubos que ligava diretamente no sangue de Lú.

A ÂncoraOnde histórias criam vida. Descubra agora