Eu não vou te perdoar

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Seokjin

Dirijo pela estrada sem conseguir tirar da cabeça a conversa que tive com o policial. Será que eu vou perder a S/N justo agora?

Meu celular toca, atraindo minha atenção.

— Alô? — atendo Sumi — Está tudo bem com você?

— Jin... Será que podemos sair hoje? — ela fala com a voz de choro.

— O que foi que aconteceu, Sumi? Você está bem? — pergunto meio preocupado.

— Não... Por favor Jin, você pode me encontrar no parque? — pergunta.

Eu tinha combinado com Sooyoung de ir ajudá-la a montar o novo cardápio hoje, mas Sumi parece precisar tanto de alguém que decido desmarcar com minha amiga.

— Tudo bem, mas vou demorar uns 20 minutos para chegar. — digo já mudando de direção.

— Obrigada Jin, eu te espero lá. — Sumi fala e logo desliga.

O que será que aconteceu com a Sumi? Ela sempre parece feliz quando nos encontrarmos e vê-la assim me deixa incomodado.

Nós começamos a nos encontrar há umas duas semanas e nossa relação é exatamente igual as outras que geralmente tenho com a mulheres: sexo. 

Como tanto eu quanto ela somos muito ocupados, eu com o restaurante e a S/N e ela com a faculdade, nós só conseguimos sair uma vez, na qual eu a fiz gritar tanto que agradeci o fato de que a S/N ainda não estava em casa. Até que foi bom, mas nada muito diferente das outras garotas. Sexo é bom, não importa com quem seja.

O problema é que talvez a Sumi tenha confundido as coisas como a Sooyoung fez e, de novo, eu estou ficando com uma garota que quer mais do que isso.

Não que eu seja daqueles que só quer alguém para transar, eu só deixo que as coisas aconteçam e sou o único que não se apaixona. É simples, elas começam a flertar e dar em cima, eu dou o que elas querem e elas se apaixonam, mas para mim, sexo não é uma forma de expressar amor incondicional, é só de sentir prazer mesmo.

A única pessoa por quem eu sinto atração e nutro sentimentos daqueles bem de filme, confusos e intensos é a minha pequena. Com ela eu não quero só uma transa prazerosa, eu quero ter ela ao meu lado em todos os momentos. Ninguém mais, de todas as outras garotas, fez com que eu sentisse isso.

E agora, aqui estou eu, indo consolar uma garota que possivelmente já acha que me ama depois de uma noite. Ah, por favor, que não seja isso.

Exatamente 23 minutos depois de falar com Sumi eu paro o carro em frente ao parque e a encontro sentada em uma banco.

— Sumi. — chamo sua atenção ao me aproximar.

— Ah, oi Jin. Obrigada por vir. — fala e percebo que ela estava chorando.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto sentando ao seu lado.

— Eu... Eu só preciso de você. — Sumi, não faz isso.

— Sumi... Você sabe que... — começo mas ela interrompe.

— Jin, eu sei que não sou nada mais do que sexo pra você, não se preocupe. Você também é pra mim e é disso que eu preciso. — fala firme.

— Tem certeza? Você não parece estar muito bem... — falo a olhando.

— Não, eu não estou. Acabei de ser expulsa da casa de uma amiga. — ela conta.

My Fake Brother - Kim Seokjin Onde histórias criam vida. Descubra agora