Família

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Seokjin

Fico sem palavras por um instante. Eu já estou me arriscando demais por tê-la trazido aqui quando fui proibido até de vê-la. Mas eu não posso dizer não. Eu também quero ficar com ela. 

- Ah, deixa pra lá. Você não pode se arriscar mais por mim. - seu olhar é totalmente triste.

- Não S/N, se quiser eu posso arrumar um jeito. - falo, causando-lhe um sorriso.

- Eu quero, claro que quero!! Mas não quero te prejudicar ainda mais.

- Bom, acho que podemos tentar. - digo já pensando em uma maneira de ela passar a noite em casa sem que tenhamos problemas.

- Podemos pedir ajuda do Tae. - ela fala.

- Sim. Vou ligar pra ele. - respondo pegando o celular.

Disco o número recebendo o olhar ansioso e apreensivo de S/N.

- Tae? Posso te pedir uma coisa?

- Na verdade eu é que tenho que pedir algo. - ele responde.

- O que foi? - pergunto intrigado.

- A polícia quer que eu leve a S/N até a delegacia. Parece que já tomaram uma decisão. - explica-me e olho para S/N.

- Que horas vocês vão pra delegacia? - pergunto e S/N franze o cenho.

- Acho que daqui umas três horas.

*•...•*•...•*•...•*•...•*•...•*•...•* 

Pouco depois de falar com Taehyung decidimos ir até um lago próximo que eu conheço desde criança.

- Já estamos chegando? - S/N pergunta depois de quase dez minutos andando no meio das árvores cada vez mais densas.

- Sim. - eu lhe dou um sorriso, finalmente percebendo sua apreensão. - Está com medo, pequena?

- Um pouco. Essa mata me assusta, tenho medo de ficarmos perdidos aqui. - fala e eu rio.

- Calma meu amor, eu conheço esse lugar há muito tempo. Sei o caminho.

- A-amor? - ela gagueja surpresa.

- Desculpa. - dessa vez eu fico sem jeito, constrangido por tê-la chamado dessa forma.

- Eu... - ela limpa a garganta antes de prosseguir. - Eu posso te chamar assim também?

Assim que ela para de falar chegamos ao lago, refletindo os raios de sol na água de cor azul escura.

- Nossa... É lindo. - S/N diz maravilhada com a paisagem.

- Não mais do que você, amor. - respondo e a puxo para um beijo.

Nosso beijo é ávido, intenso, como se precisássemos da boca um do outro para sobreviver. Nossas línguas brincam entre si enquanto puxamos um ao outro para mais perto, colados.

- Pode me chamar de amor o quanto quiser. - digo em seu ouvido quando o ar falta e somos obrigados a nos separar.

- Você também. - ela responde com um sorriso e selamos nossos lábios.

Depois de vários beijos nós iniciamos uma caminhada pela margem do rio com nossas mãos entrelaçadas a passos lentos, aproveitando cada segundo que ainda temos.

- Jin... - minha pequena me olha. - Você acha que os policiais vão deixar que eu volte a morar com você?

- Não sei... Talvez seja sobre isso que eles queiram conversar com você.

My Fake Brother - Kim Seokjin Onde histórias criam vida. Descubra agora