Órfãos de Olimpus [COMPLETO]

11.3

Um clarão e um rastro de luz vermelha no espaço e lá estava ela, a espaçonave Borck. Possuía quase metade do comprimento longitudinal da Akimura, a frente podia-se ver um domo de material liso e translúcido como vidro, o corpo era irregular, vermelho, ogival, mas parecia ter uma estrutura sustentadora, como uma coluna vertebral, a parte posterior da nave se movia como uma cauda de um animal. Um brilho externo de energia avermelhada podia ser identificado, gerava interferência nos monitores das outras espaçonaves, sinalizando um escudo magnético potente.

- Seth inicie os procedimentos de contato. - Falou o oficial de comunicações Honoldo.

"A nave pode ser identificada como pertencente ao Império Borck, sua linguagem e procedimentos de contato já fazem parte do banco de dados do coletivo Seth e desta unidade. Enviando os protocolos de contato".

- Abra comunicação com a nave Borck.

Uma janela escura foi aberta no painel, aguardaram, no entanto, o contato não foi estabelecido. Tentaram mais uma vez o contato pacífico. Sem sucesso.

O espaço continuava em silêncio, a nave ficou parada sem emitir nenhum tipo de sinal. O comandante Shitiro não queria ordenar movimentos precipitados no campo de batalha, se contentou em manter os sinais de alerta geral da Akimura, sua expressão era de terror misturado com ansiedade, soava frio com aquela espera.

Depois de 15 minutos de silencio, a nave Borck foi quem iniciou o primeiro movimento. Fez a curva, sua maneira de se movimentar no espaço era estranha, não parecia utilizar propulsores. Ficou de frente com a Akimura. Emergiram por todo o casco da nave espécies de canhões de vários tamanhos.

- Comandante el objetivo se convirtió em hostil, los canhões blaster están energizando. - Gritou Reinaldo José.

O rosto de Shitiro se contraiu.

- Lance os Sabers! Potência máxima nos escudos da Akimura!

Uma sucessão de estalido metálicos e vários zumbidos indicavam que os Sabres decolaram, 4 Sabres de cada esquadrilha rasgava o espaço e todos contemplavam da cúpula de comando. Junto com eles mais 3 esquadrilhas de caças tritorianos acompanhavam lado a lado.

Os Falcon posicionaram-se a frente da Akimura de forma a se aproveitar dos escudos da espaçonave mineradora, enquanto isso os Sabres prosseguiam com o ataque em direção ao alvo Borck. Abriram fogo disparando primeiro as metralhadoras de asa, podia-se ver os projeteis sendo repelidos pelo escudo cinético da espaçonave Borck, mas isso não impedia eles de parar de atirar.

- Atenção sabres, energizar escudos cinéticos. - O líder sabre Gonzalez comandava a operação.

Todos os sabres emitiam um brilho característico azul na lâmina a frente da nave, estavam todos energizados e prontos para o que viria.

- Fatiar!

Abriram fogo com seus canhões Blaster enquanto aceleravam em formação V, o sabre da ponta iniciaria o corte e os que vinham atrás abririam caminho, era uma formação básica para esse tipo de ataque, geralmente infalível. Os pilotos Sabre só tinham de se preocupar em colidir com a maior força possível, assumiam uma posição de impacto contraindo os músculos e prendendo a respiração nos últimos segundos, os escudos de inércia, os sistemas de amortecimento da lâmina e seus cintos de segurança protegiam o piloto, mas a colisão sempre era violenta o suficiente para por vezes deixar um piloto desorientado.

A espaçonave Borck havia permanecido em silêncio o tempo todo iniciou seu ataque, os seus canhões começaram a disparar contra os sabres que avançavam em sua direção. Cada disparo era repelido pelos escudos defletores dos caças que atingiam cada vez mais velocidade.