CAPITULO 26 - OS VIGILANTES

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Organização das Nações Unidas, 03 de julho de 2020, 07:11 AM.

Quando saímos do edifício da ONU, tomamos de assalto alguns veículos e partimos rumo ao aeroporto, com o intuito de chegar à Estação Naval Roosevelt Roads. A cena que se desenrolava diante de nossos olhos era aterradora: cadáveres e ruínas pontuavam o caminho, lembrando-nos a todo instante do caos que havia tomado conta da região. O ar pairava pesado e sufocante, impregnado pelo odor pútrido de corpos em decomposição. Porém, mesmo em meio a tamanha devastação, continuamos nossa jornada com determinação, conscientes de que cada passo nos aproximava do nosso objetivo e da esperança de encontrar algum refúgio seguro.

A tribo aliada compartilhava de nossas preocupações e inquietações em relação aos planos da líder Sara. Embora as propostas apresentadas por ela parecessem atraentes, havia o receio de que fossem apenas uma armadilha. A única luz no fim do túnel era o sucesso na extração da energia do buraco negro e o pleno funcionamento da máquina do tempo, que nos permitiria traçar nosso próprio destino e escapar das garras daqueles que ameaçavam a sobrevivência de nossa espécie.

Aeroporto de LaGuardia, 03 de julho de 2020, 08:01 AM.

Caminhamos em direção à aeronave e subimos a bordo do majestoso Boeing 777. A fuselagem brilhava sob a luz do sol, enquanto as turbinas gigantes emitiam um som ensurdecedor. Adentramos no interior da aeronave, onde poltronas confortáveis e bem distribuídas aguardavam por nós. O ar-condicionado gelado trazia alívio do calor escaldante lá fora, e as luzes suaves do ambiente proporcionavam uma atmosfera acolhedora.

—Eu posso assumir a pilotagem! —Disse Nicolas com confiança, dirigindo-se à cabine do piloto.

—E eu posso ajudar! —Exclamou Yan, seguindo-o.

Os dois se acomodaram nos assentos do piloto e copiloto e começaram a inspecionar os controles da aeronave. Sua determinação e habilidade inspiraram confiança no restante do grupo. Com a ajuda dos demais passageiros, o avião foi preparado para decolar em direção à Estação Naval Roosevelt Roads.

Aeroporto José Aponte de la Torre, 03 de julho de 2020, 05:04 PM.

Após o pouso bem-sucedido, tomamos a difícil decisão de abandonar o avião, sabendo que não teríamos como reabastecê-lo e que era melhor não chamar atenção. Com isso em mente, partimos em uma caminhada rumo à Estação Naval Roosevelt Roads. O caminho foi longo e árduo, repleto de obstáculos e ameaças. Mas, mesmo diante da destruição que nos cercava, mantivemos o foco e a determinação em alcançar nosso objetivo.

Roosevelt Roads, Ceiba, Porto Rico, 03 de julho de 2020, 06:03 PM.

Caminhávamos cautelosamente no meio da densa floresta tropical, nossos passos se misturando com os sons dos animais selvagens. De repente, fomos surpreendidos pela repentina aparição de Sara, que emergiu das sombras como um fantasma. Seu aparecimento nos deixou perplexos e, ao mesmo tempo, incomodados.

—Sara? O que faz aqui? Como chegou tão rápido? —Nick questionou.

—Estava errada.

—Não entendo! —Jade disse.

—O selo foi rompido.

—Está não! Não, não, mas eu ainda estou limpo. —Nick informou.

—Não está, acontece que você é uma variável e não pode ser contaminado. —Sara explicou.

—O que?

—Seu DNA. —Brenda começou.

—Assim como a família Kertész seu DNA é diferente, há muitas barreiras que impedem o vírus de habitar em você. Sua família é do futuro, você conhece seus pais? —Brenda questionou.

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