Capítulo Onze.

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P.O.V Isabella Araújo.

Observo aquele lindo bebê ruivo com os olhinhos fechados dormindo serenamente que mal sabe que acabou de ter sua maior perda, mal sabe que acabou de perder a sua mãe, meu coração dói tanto é como se alguém tivesse arrancado ele e pisado.

Eu irei fazer o seu pedido, irei cuidar desse ser precioso que não tem culpa da injustiça da vida, a droga é um caminho sem volta e desse caminho ela não voltou, mas deixou um pedaço dela aqui na terra.

-- Ala,o moleque tá se mexendo. -- Riu Bruno enquanto o observava -- Ele não come? Quando eu era muleque eu comia que nem o cão.

  -- Riu Bruno enquanto o observava -- Ele não come? Quando eu era muleque eu comia que nem o cão

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-- Bruno, o garoto só tem algumas horas de vida, ele ainda toma leite -- Falei rindo.

-- Se prepara moleque, tu vai comer que nem gente, vai aprender com o tio aqui ò .

-- Ele analisou bem o menino -- Esse menino é branco demais, ele não é normal não tem que tomar sol.

-- Bruno, ele acabou de nascer -- Falei.

-- Isso não justifica o menino ser branco e magro ainda por cima, esse tem que comer ele tá passando fome -- Riu da cara do menino.

-- Vou pagar a conta -- Peguei no braço dele o puxando.

-- É louca? Já paguei, tio - O soltei.

-- Com que direito.. -- Me interrompe.

-- Eu sou o tio do muleque, não conheço a mina, mas vou ajudar, vou colar com tu no que precisar -- Apertou minhas bochechas e eu sorrir.

-- Temos que ver o enterro -- Ele parou.

-- Não piso no cemitério nem a pau -- Falou e eu rir.

-- Nem parece que vai assumir o morro daqui a alguns anos. --- Entrei no carro e ele entrou no banco do motorista.

-- Esses negócio de espírito eu não brinco não, território de espírito é no cemitério, os espírito não gosta de mim porque eu mexi com a mãe de santa, fui inventar de tocar a campainha ela jogou um bando de praga em mim, dormir com meu pai e minha mãe um mês inteiro. -- Gargalhei o caminho inteiro -- Fica ai gargalhando das mísera dos outros, depois fica de noite querendo dormir comigo com medo.

--- Obrigada, por me fazer rir em um momento como esse --- Ele para na funerária e eu saio.

Escolho um caixão simples e uma coroa de flor Branca para entregar amanhã já que o corpo vai passar por autópsia e ser entregue pela manhã no cemitério, o

velório vai ser pequeno eu acho que ela queria assim.

Pego meu celular e entro no carro já discando pra Júnior.

Ligação On.

Alô?

Oi júnior, sou eu, Isabella

O Filho Do Dono Do MorroWhere stories live. Discover now