Capitulo Doze.

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P.O.V Bruno Azevedo.

—— Que essa Alma possa descansar em paz no céu, Amém —— Terminou o pastor.

—— No céu bem longe, longe de mim, amém —— Gritei e me olharam.

—— Para de me fazer passar vergonha —— Falou Giovanna ao meu lado.

—— O povo tá achando que tu é inimigo de Sofia —— Isabella apertou meu braço.

—— Sou seu inimigo não Binha, relaxe aí, no caixão, Isabella eu tô com fome —— Falei fazendo cara feia.

—— Tem uma máquina que sai Pipoca, ali —— Apontou.

—— Sai dai, vou comer comida de espírito nada —— Isabella e Giovanna riu e o povo continuou a nos olhar e paramos.

—— Esse povo tá me achando com cara de palhaço —— Bufei e senti arrepio —— Oh, Isabella, pelo amor vei , os espírito quer me levar.

—— Que espírito? —— Perguntou.

—— Os espíritos do cemitério —— Falei.

—— Presta atenção —— Me repreendeu.

—— Dêem suas últimas homenagens —— Falou.

—— Que esse ser vá pro céu, ao lado de deus e não guarde nenhum rancor no seu coração — Falou um cara de Bigode.

—— Amém senhor, profetiza —— Gritei.

E o povo me olhava, Giovanna já estava vermelha de tir.

Uma mulher cai no chão e eu arregalo os olhos lembrando da mãe de santa, começa a se debater.

—— Isabella, essa tal de Sofia tem ligação com candomblé? Não tenho Nada contra, e também nada a favor —— A mulher puxa o cabelo.

—— Só a tia—— Falou.

—— Iala, não fico aqui nem um segundo —— Comecei a andar pra fora do cemitério.

Uma mão pega meu ombro, uma hora dessas minha alma foi e voltou.

—— Você está bem —— Perguntou uma senhora e eu toquei nela.

Nada de espírito, Aleluia Deus.

—— Eu acho, não acho não, tenho certeza que vou ficar bem, bem longe desse lugar —— Corri até o carro e entrei.

Horas depois Isabella e Giovanna Entra e eu avanço o carro, deixo Giovanna na casa dela.

—— Você não sabe se comportar? —— Perguntou Isabella.

—— Quem não sabe se comportar é os mortos, estavam lá me alisando Cê é louco vou queimar essa roupa, vou botar fogo em tudo e tu bote fogo na roupa, ou bote ela na sua casa nova, quero ela bem longe de mim.

—— Meu deus. —— Riu.

—— A comida de mainha tava ruim, vou passar na casa de vovó.

—— Deixa Liara ouvir isso, o pau te acha.

—— Mentir pra quê? Tem que falar a verdade, tava ruim mesmo.

—— Tava mesmo.

—— Não disse?.

Gargalhamos.

—— Tem baile tu vai? —— Perguntou.

—— Vou nada, vou dormir, Tô com sono o cemitério me deixou cansado.

—— Amanhã vamos ver Pietro.

—— Que nome feio.

—— Feio é o teu, Viado.

—— Viado agora, na cama Leão.

—— É, realmente.

—— Hoje não tem Leão certo, hoje sou a gazela dentro de casa.

Estacionei na frente da casa de Vó Rita, e vi a Mara que vem em minha direção e a Outra Leoa pronta pra atacar.

—— Mara, vei, desencarna de mim vai na mãe de santo pede pra ela te rezar que tu encarnou na pessoa errada, aliás vá não tu vai fazer é macumba. —— Falei.

—— Tenho que pegar uma cueca na sua casa —— Falou e eu me assustei, esses negócio de macumba né comigo não.

—— Vai, ah vai, vou queimar tudo hoje. —— Entrei na casa. —— Oh veia, tô com fome .

Gritei e veio uma senhora de cabelos grisalhos sorrindo em minha direção e desvia.

—— Quantas saudades, Isabella —— Falou.

—— Oxê, vó eu ainda existo —— Ela me abraçou.

—— Eu sei, eu que não quis te abraçar, tu ta fedendo menino —— E eu me cherei.

—— Foi a diaba da prima dela que me deixou assim —— Falei me cheirando, Isabella me olha incrédula.

—— Meu deus, Bruno a menina tá morta —— Falou .

—— Tá morta mesmo, fique aí achando que ela foi pro céu, tadinha foi de tobogã pro inferno —— Falei me limpando e me sentando na mesa.

—— Não te levo mais —— Falou se sentando.

—— Quem disse que eu vou?! —— Falei —— Te amo pra porra, mas lá eu não piso.

Minha vó chega com a feijoada e eu pego logo dez conchas de feijão e de arroz, e vou comendo.

Isabella fica me olhando sorrindo, eu em tá amarrado.

—— Terminei, quero suco —— Falei e vovó trouxe Ki-suco e eu tomei uns três copos.

—— Você não muda mesmo, queria que seu pai continuasse assim com esse espírito de criança. —— Sorrir triste.

—— Meu pai não sabe o que é felicidade, felicidade é comer, Beijo te amo minha veia . —— Saio dali de mãos dadas.

Vou cumprimentando o povo parecendo os canditado em tempo de eleição, tem que ter moral, ter moral não é botar medo é Obter respeito.

Tomo um banho e boto a roupa no mato lá de casa tocando fogo, pego minhas cuecas e boto na gaveta que tem chave e tranco, essas mulher tem é arte dizendo que ia fazer macumba com minha cueca, aonde nem aqui nem em lugar nenhum.

Assistirmos “ O menino do pijama listrado” Os dois meninos morreu, que pena, pena o cacete quem não pode morrer sou eu.

Deito na cama e lembro do cemitério, Isabella tá do meu lado dormindo e eu nada de pregar o olho saio da cama.

—— Vai pra onde? —— Perguntou.

—— Dormir com minha mãe —— Falei.

—— Bruno, você tem vinte e cinco anos, pare com isso e outra seu pai tá ai.

—— Tá não e se ele tiver eu durmo junto e tô nem ai pra sua opinião —— Corri até o quarto e abri a porta devagar. —— Mãe?.

—— O que é Bruno? Deixa eu dormir satanás.

—— Fala dele não, tou com medo dele também, sabe o que é eu fui pro cemitério os espíritos eu tou com medo, desgraça —— Falei baixinho e depois gritei.

—— Deita logo —— Falou e eu deitei na cama caindo no sono.

Eu amo o Bruno socorro, tomare que o embuste do Eduardo não volte.

Obrigada novamente❤ .

O Filho Do Dono Do MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora