Capítulo Dezesseis

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P.O.V Bruno Azevedo.

Me encosto no portão no portão e ligo pra pedigree.

Cola aqui no barraco da Isabella.

Tô colando ai.

Me sento e encosto na parede, e pedigree chega andando.

—— Qual foi? —— Perguntou e depois olhou pro meu pé —— Quem fez isso?

–—— Fui eu, brincando de quem quebra pé mais rápido —— Ironizei.

—— Vou te deixar ai —— Falou.

—— Deixa, pode deixar, todo mundo quer me deixar —— Me Apoiei na parede.

—— Todo dramático —— Pegou meu braço e passou no seu pescoço.

E fomos subindo o morro.

—— Segura essa pica direito —— Falou, eu estava com preguiça de apoiar o braço.

—— Lá ele, tá me estranhando é? —— Ri.

——  Estranho já é, não tem mais nada que estranhar —— Gargalhei.

—— Por que sou estranho? Eu sou mó gente boa.

—— Viu sua namorada com outro, e fica rindo.

—— E é pra chorar? —— Perguntei.

—— Eu estaria chorando, e bebendo uma pinga no seu Zé ouvindo Marília Mendonça, tomar corno e não chorar é pros fortes.

—— Bora beber? Tô disposto.

—— E o pé? Tá viajando, quero quebrar pé de ninguém.

—— Eu vou sozinho, você não serve pra nada —— Tirei meu braço dele.

E subi com a mão na perna, e ele vem correndo.

—— Mermão vai ser teimoso na casa da Desgraça.

—— Não quero pinga não, quero litrão, vou sair de lá bêbado.—— Cheguei no bar —— Ei, seu Zé serve o litro aí.

Me sentei na cadeira de madeira.

—— Cheguei, chegando, bagunçando a zorra toda —— Cantou André do lado de fora.

—— Tá geral virando Homossexual, vou virar também, dar o cu dói? —— Perguntou Pedigree e eu rir.

—— Dói nada menino, bota óleo de cozinha e se acalma se não o pênis fica preso.

—— Entende bem de cu, em! —— Falei rindo.

—— Fiquei com um negão, chega a coluna doeu.

—— Não quero saber não —— Pedigree tampou o ouvido.

—— Foi assim, ele passou o óleo, no começo ardeu é igual tiro mas depois tu se acostuma, ele me deu um beijo grego —— Falou.

—— Eu não te beijei nada, que viaje —— Neguei com a cabeça.

—— Beijo grego, é beijo no cu burro —— Falou e pedigree riu.

—— Parece até viado .

—— Eu não pareço, eu sou —— Soltou beijo no ombro e Zé chega com o litro, boto no copo e peço pra ele ligar o rádio.

Estava tocando funk, e André começa a rebolar nem saia do lugar, os cara que tava no bar estavam tudo rindo.

—— Agora vai sentar, vai sentar a —— Cantarolou e eu Meu pai chega do nada e André se concerta.

—— Bora pra casa, tua mãe tá louca lá te procurando. —— Falou —— Isabella também.

—— Isabella tá lá? —— Perguntei.

—— Sua mãe ta ensinando a cuidar do moleque, ela vai dormir lá hoje —— Bebericou o litrao.

—— Vou dormir na casa da véia —— Me levantei. —— Vamo pedigree.

Caminhei segurando a perna, até a casa de Vó a porta tá aberta e eu já entro com Pedigree e André, ela tomou um susto.

—— Desculpa ai, vou dormir aqui. —— Caminho até meu antigo quarto.

—— Ow, a gente brincava muito aqui —— Pegou o carrinho na peça, enquanto eu ligo o play.

Ficamos lá jogando até André vazar.

P.O.V Isabella Araújo.

—— Ele não vem dormir aqui ? — Pergunta Liara no telefone —— Ah, pelo menos fico tranquila.

—— Vai dormir na casa da Véia —— Falou pra mim e eu assinto. —— De quem é essa coisa mais fofa, é da vovó?

Apertou o pequeno nos braços, sorrindo.

Não queria magoar Bruno daquele jeito, porém ver Eduardo caído no chão parecendo que estava morto me deu uma certa raiva, pois Eduardo é parte do meu passado, e eu ainda nutre algum sentimento de carinho por ele.

Me sento no sofá olhando meus dedos, e me perguntando se ele havia ido no posto cuidar do pé, provável que não, Liara me ensina como se põe o bebê pra dormir e arrotar, boto ele na cama de Bruno e tomo um banho vestindo uma blusa do mesmo e adormecendo na sua cama.

P.O.V Bruno Azevedo.

Acordo com uma zoada de madeira na porta.

—— Acorda seu imprestável, vamo limpar o fundo da casa —— Gritou a minha vó batendo o pau na porta.

—— Eu estou doente, vou morrer, não posso trabalhar —— Falei deitado de costas.

—— Vou dar três segundos pra tu se levantar, um.. —— Falou e eu levantei.

—— É brincadeira, sabe nem brincar. —— Levanto.

—— Ah bom —— Falou e me deu uma vassoura.

E fui pro fundo que estava cheio de bosta

É eu mesmo que vou limpar isso, pulei o muro e entorto o pé de novo.

—— Que desgraça —— Resmunguei e saí pelo mato.

—— Tá fugindo de quem Grego? —— Mara fala me assustando.

—— Pensei que fosse a veia, vai assustar o capeta —— Falei terminando de subir.

—— Cadê pedigree?.

—— Bixo Talarico —— Rir. —— Vi ele não.

—— Ata, tchau —— Saiu.

Caminho até a casa de minha mãe que é bem longe, praticamente fora do morro, chego em casa abro portão e vou até meu quarto quando vejo quem está dentro dou meia volta até que ouço uma voz.

—— Bruno? —— Dou um sorriso amarelo.

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Bjbj

O Filho Do Dono Do MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora