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Você era o garoto que todas desejavam por aqui. O seu sorriso sempre ganhou muitos corações de menininhas indefesas.

sabe Evan, você parecia um fenômeno natural quando te conheci, atingia todas as garotas nas quais você passava pelas vidas, mas nunca lhes deu o poder de te atingir, era inabalável. O seu coração sempre pareceu inatingível, mesmo que atingindo todos. Todos te conheciam por sua fama de desapegado.

Você podia ter qualquer uma em suas mãos, Evan.

E você sabia disso, todos sabiam.

Mas ninguém sabia quem você era de verdade. Você era bebidas-mulheres-festas-cigarros para qualquer um que olhasse pra você, provavelmente até mesmo as pessoas mais próximas de você te viam assim.
O seu jeito de badboy incrivelmente conquistava a todas, até mesmo todas as minhas melhores amigas eram apaixonadas por você. Você adorava tudo aquilo, ter tudo que desejasse. Até mesmo os garotos gostavam de você.

Eu achava você clichê demais.
Misterioso demais, secreto demais, metido demais, com aquele ar de superioridade. Sabe, Evan, você realmente me fazia lembrar do edward cullen, de crepúsculo. Tempos depois, você riu quando eu te confessei isso. Aquilo aparecia charmoso demais na visão de outras pessoas, mas eu, como boa diferentona, não achava aquilo maneiro ou qualquer outro adjetivo bom que te venera-se.

Quando você falou comigo pela primeira vez, Evan, passou pela minha cabeça que você iria tirar o capuz do seu cabelo e sussurrar no meu ouvido "eu sou um vampiro".

Mas não foi isso que você sussurrou, na verdade, você me sussurrou "você é linda, garota." enquanto eu andava no corredor e simplesmente saiu andando depois da confissão.
E eu ri.

Não porque achei aquilo encantador e porque tinha me apaixonado por você por essa frase, mas sim porque achei estranho, afinal, eu tinha te esculhambado segundos antes disso.

Mas a historia precisa ser contada corretamente, porque memorias como aquele dia precisam ser lembradas.

Na verdade, todas as historias que se tratam sobre você precisam ser lembradas. Eu me recordo de cada momento, os bons e ruins. Porque quando estávamos juntos, a gente me lembrava um casal clichê de filmes românticos.

Eu era apaixonada por livros, não gostava de festas ou bebidas, e talvez nossa única semelhança fosse o vicio em cigarros. Eu gostava de pintar e desenhar, com meu estilo peculiar e batom vermelho forte, eu nunca fui a garota mais popular ou bonita do colégio, e muito menos era uma das que eram apaixonadas por você. Mas você era popular, era bonito e desejado. Você era o típico badboy que vivia em festas e pegava o máximo de meninas possíveis e todas queriam você.

Exceto eu.

e o fenômeno aconteceu.

De tantas meninas que queriam você, você me escolheu. Você simplesmente correu atrás de mim como se eu fosse um prêmio a ser conquistado. Nem parecia que ia machucar o meu coração, eu ainda me lembro como tudo aconteceu.

***********

Era um dia habitual, eu tinha acabado de sair da aula de ciências sociais com Hannah e Eva, minhas melhores amigas, quando eu vi você.

Você estava sendo um babaca como sempre, mas especificamente naquela ocasião você estava sendo extremamente grosso dando um fora numa garota que se apaixonou por você -como várias outras tinham feito antes-. Você fazia questão de humilhar pessoas quando todos estavam vendo, você gostava daquilo. E foi ai que eu intervir.

-Caralho, você sofre por algum complexo de inferioridade em que precisa humilhar outras pessoas pra se sentir superior? Você é um merda mesmo, em cara?

Essa foi a minha primeira frase direcionada a você.

-Quem é você?

E essa, bom, essa foi a primeira frase que você falou pra mim.

-Noora, uma garota que você não gostaria de conhecer. Você é só um merda, eu realmente não sei o motivo de te venerarem como um deus. Na real, você parece estar preso em 2010, com esse penteado de colírio capricho e a maturidade idêntica a dos seus doze anos. Para de ser um merda e tentar diminuir garotas só porque você as usa pra preencher a merda do seu vazio.

E quando eu achei que ia levar a maior patada da minha vida, você apenas sorriu.
E não só isso, chegou perto de mim e falou pela primeira vez uma frase em que eu ouviria outras diversas vezes: "você é linda, garota."

E eu te odiei por isso.

Odiei mesmo, Evan.

Porque você havia acabado de agir como um babaca e mesmo assim, no momento em que suas doces palavras foram ditas no meu ouvido, eu gostei de ouvi-las e de como elas soaram bem aos meus ouvidos.

Quem é você, Evan? Where stories live. Discover now