Bastou um acidente para a vida de Nicole mudar completamente, ela perdeu seus pais, sua perna esquerda e acabou sendo jogada em um orfanato de sua cidade, conhecendo assim Bryan, que além de virar seu amigo, virou seu primeiro amor.
Porém o tempo p...
— Me desculpe, eu não queria ter dito isso assim. — ela abaixou a cabeça depois de me beijar.
— Então você não gosta de mim? — perguntei só pra vê-la admitir de novo.
— N-não, eu gosto. — ela me olhou e depois voltou a atenção para o chão novamente. — É que sabe, acabamos de nos reencontrar, eu sinto algo por você, só não sei se é mesmo amor, mas eu quero estar junto de ti.
— Está tudo bem, Nick. — sorri.
— Está? — ela perguntou confusa, acho que estava esperando que eu fosse brigar, o que me fez perceber que precisamos mesmo nos conhecer novamente pra sabermos se é isso que queremos.
— Sim, venha cá. — coloquei meu braço em volta do pescoço dela. — Vou te levar a um lugar. — Nicole me olhou, assentiu e saímos do corredor, estávamos matando aula, mas quem se importa, né?
Confesso que não sei muito o que esperar disso, gosto dela, eu sei que sim e é óbvio que a vida nos deu uma segunda chance, mas será que vai dar certo?
Nick é uma garota linda e mesmo com todas as imperfeições que ela odeia ter, ela é perfeita, não sei como nenhum outro viu o que eu vejo.
— Pra onde você vai me levar? — ela perguntou enquanto ajustava seu cinto de segurança.
— É segredo.
— Me dê uma dica então.
— Tudo bem, vou te levar ao meu lugar preferido na cidade.
— Puts, Bryan, você é péssimo com isso. — ela bufou. — Como eu vou adivinhar se nem nos conhecemos direito mais?
— Exatamente, você não vai descobrir até chegarmos lá. — sorri.
— Que seja então, eu nem queria saber mesmo. — ela passou a olhar pela janela e ficou lá por um bom tempo, agora tudo fazia sentido, é normal ela sentir um incômodo ao andar de carro depois de tudo que aconteceu, deve ter sido horrível passar por isso, eu teria pesadelos até hoje.
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Admito que não sabia exatamente o que estava fazendo ao levantar da cadeira e ir atrás de Bryan, eu estava um pouco furiosa por ele ter me alfinetado daquela forma, mas também estava confusa correlação aos meus sentimentos e algo me dizia lá no fundo que eu tinha que ir de encontro a ele e tentar fazer as pazes.
Foi complicado no início porque cada palavra dura que ele dizia a mim, por estar magoado, me machucava e eu não entendia o motivo já que isso nunca me aconteceu.
Quando nós éramos crianças nós nunca brigávamos, pelo menos eu não lembro de ter brigado com ele uma única vez, parecíamos estar em perfeita sintonia, mas agora, toda vez que estamos perto um do outro, acontece algo onde pelo menos um sai chateado.
Como dois fios desencapados sabe? Uma hora dá certo, mas na outra dá curto. Será que ficar com ele vai ser assim?
É claro que boa parte disso foi culpa minha, eu não facilitei em nada pra ele, mas agora estou aqui, estamos de frente um pro outro e nunca senti um desejo tão forte por alguém, então acabei dizendo que o amava e o beijei.
