Bastou um acidente para a vida de Nicole mudar completamente, ela perdeu seus pais, sua perna esquerda e acabou sendo jogada em um orfanato de sua cidade, conhecendo assim Bryan, que além de virar seu amigo, virou seu primeiro amor.
Porém o tempo p...
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As coisas com a Nicole finalmente estavam começando a ficar bem, estávamos nos divertindo como nos velhos tempos, mas infelizmente tudo que é bom dura pouco.
— Bryan?! — juro que por um segundo após reconhecer a voz senti minha espinha gelar, eu realmente não esperava por isso.
— Essa não... — virei os olhos. — Aurora.
— Então foi por essa menina que você me trocou? — a coisa que eu mais detestava na minha ex era a cara de nojo que ela conseguia fazer correlação a certas coisas e pessoas.
Eu odiava aquele ar de superioridade que ela tinha só por ter nascido em berço de ouro, fora isso, a mesma conseguia até ser legal.
— Aurora, essa é a Nicole. — pausei. — Nicole, essa é a Aurora, minha ex.
— É incrível você conseguir ser tão frio a ponto de me apresentar sua amante como se fosse a coisa mais normal do mundo, eu tenho nojo de você. — suas palavras de ódio incomodaram bastante a Nick, ela estava do meu lado sem saber o que fazer.
— Eu não sou nada de ninguém. — Nicole se defendeu.
— Meu assunto é com ele, quando eu quiser falar contigo, eu pronuncio a palavra "perneta". — ela me olhou e prosseguiu logo depois terminando de espalhar todo o seu veneno. — Ah, ele não te disse? Ele me contou, contou tudinho, todos os seus segredos e eu ri de cada um deles, olhando pra você, sei porque não quiseram te adotar. — Nicole nem esperou eu me pronunciar, só pegou sua bolsa e saiu andando com os olhos marejados.
Não consigo acreditar que a pessoa com quem me relacionei tanto tempo seja capaz de fazer algo tão podre assim, mas é o que dizem: nós só conhecemos as pessoas depois que brigamos com elas.
— Pelo jeito ela não sabe se defender. — disse Aurora debochando de toda a situação.
— Será que seu ego é tão fraco assim? Você só é feliz fazendo as pessoas ficarem tristes? É isso? Não sei como eu demorei tanto pra notar. — lamentei indignado. — Vou atrás dela.
— Não, você não vai! — ela segurou meu braço me impedindo de sair dali.
— Me solta! — puxei meu braço com toda força e raiva que havia dentro de mim. — Você não é mais nada minha e a partir de hoje eu terei vergonha de dizer que um dia te amei. — sem dar chance alguma de resposta, me virei e fui atrás de Nicole.
Aurora gritou meu nome algumas vezes, mas tudo que fiz foi ignorar, eu posso ter sido criado por uma família rica que me deu tudo que eu quis, mas isso não significa que eu sou melhor do que ninguém.
Eu passei necessidade, fui parar em um orfanato, minha infância até eu ser adotado foi sofrida e não são todos que têm a sorte que eu tive ou que conseguem os pais que a Aurora teve, todavia o mal dela com certeza deve ter sido esse, ela nunca soube o que significa de verdade a palavra necessidade.
