Capítulo 6: Andressa

1.6K 264 191
                                    

Ainda não havia conseguido dormir, Well continuava no mesmo estado, Thiago cochilava ao lado dele. Fiquei olhando para a porta do quarto durante todo o tempo. Rafael entrou. Ele estava sem camisa, mostrando o corpo sarado, tirou suas calças, permanecendo de costas para mim e tirou a cueca. Nossa senhora, que bundinha era aquela, durinha, redondinha, minha mão ficou coçando para mete-la naquelas nádegas.

Ele se deitou, fiquei chateada que não consegui ver a parte da frente, deitando, suspirou e me perguntou:

— Andressa, eu sei que está acordada! Você não acha estranho ter escurecido aqui, sendo que saímos da nossa cidade as 18h?

— Acredito ser algum fuso horário – então pensei mais um pouco – mesmo assim é estranho.

— Acho que vou dormir agora, logo vai amanhecer – disse ele.

— Amanhecer? – indaguei, não é possível que irá aparecer o sol novamente.

— Sim, agora são cinco da manhã. Boa noite linda!

— Boa noite – respondi.

Ele virou-se para o lado para dormir, meus olhos não saiam da porta do quarto, pois meu corpo tremia de medo de a qualquer momento, um maluco sinistro entrar com uma motosserra gigante e me despedaçar em duas partes. Havia deixado meu celular no quarto que eu estava com as meninas. Não sabia que horas eram. Thiago dormia abraçado com Well, pareciam dois irmãozinhos fofos. Eu queria tomar mais café, mas ir até a cabana cozinha sozinha não era uma coisa sabia a se fazer.

Então Carlos entra com Larissa no colo de repente no quarto. Larissa estava sem o dente da frente, joelho quebrado. Nua! Por sorte, Thiago trouxe alguns gazes e fiz um simples curativo em sua perna, deixando-a descansar. Ninguém sabia ao certo o que aconteceu, Carlos apenas disse que a encontrou assim. Voltei a deitar na cama com os rapazes.

Um ser irritante abre a porta e grita:

— BOM DIAA! Alguém quer ir na cozinha comigo pegar algo para comer – a irritante Alessandra. Ela é a única pessoa do mundo que tenho gordofobia, mas por ela ser tremendamente irritante. Talvez seja melhor "irritantenofobia", melhor eu sou alérgica a Alessandra Andelis.

— ALGUÉM – ela continuou a gritar.

— Que saco Alessandra! Não está vendo que a galera está dormindo! – protestei.

— Andressinha, minha amada, vamos à cozinha? Estou com fome!

— Ok – respondi, acordei Thiago e disse – Vou à cozinha!

— Ahh – ele murmurou

Do quarto dos meninos até a cozinha, devia ser no máximo um minuto, mas ao lado da Alessandra parecia horas. Ela não calou a poha daquela maldita boca um segundo. Falando dos garotos que ela pega, das suas redes sociais e etc.

Ao chegar na cozinha, acendi a luz, que não sou trouxa, pois nos filmes de terror as pessoas morrem porque não acendem a merda da lâmpada.

— Alessandra, irei fazer café!

— Ótimo, pode fazer para mim? – ela perguntou.

— Posso – respondi.

Alessandra começou a revirar o armários da cozinha, pegando frutas e mais frutas. Ela olhava as frutas, cheirava e fazia uma cara de tipo "eca".

— Não tem cereal de aveia aqui? Granola? – ela perguntou.

— Não sei – respondi revirando os olhos.

Esperando a água ferver, as luzes da cozinha apagaram a única coisa que iluminava em tom fraco era o fogo que fervia a água. Comecei a andar em direção ao botão que ascende a lâmpada. As luzes voltaram. Que alívio, foi apenas uma queda de energia. Ao entrar pela porta da cozinha, existe uma parede a direita sem nenhum objeto, limpinha. Ao olhar aquela parede, tinha vários desenhos de diversas cruzes, em tom vermelho. Espero que não seja sangue.

Estava olhando para a Alessandra, que não tinha aberto a boca após ver as cruzes vermelhas. Comecei a me dirigir até a porta da cozinha que estava fechada, eu lembro que deixei a porta aberta. As luzes apagaram novamente, corro até a porta e está trancada. Debato-me sobre ela, grito desesperadamente. Então algo abre a porta, um alívio percorreu meu corpo até uma mão fechada, um soco, acertar minha cara, fiquei desequilibrada e percebi quatro silhuetas entrando na cozinha.

Uma delas aparentava seguir em minha direção, a última silhueta entrou e fechou a porta. Colocaram uma fita adesiva em minha boca, o soco ainda me deixava tonta. Alguém agarrou meus braços, colocaram eles para trás e algemaram. Luzes acesas. Havia quatro seres hediondos, vestindo sobretudos pretos até o joelho, botas de cano alto (aparentava) vermelhas com cadarço (horrorosas). Luvas de couro em tom marrom. Usavam máscaras similares a um bode, com chifres igual a letra grega alfa. Enquanto um me segurava, outro estava ao meu lado. Dois ao lado de Alessandra olhando para ela.

— AHHHHHH – Alessandra começou a gritar desesperadamente.

Um dos seres malignos, segurava uma barra de ferro que acertou a cara de Alessandra, quebrando vários dentes. Eu apenas olhava e resmungava. Depois chutaram ela. Espancaram-na, eu não gosto da Alessandra, mas aquilo era horrível, ela não merecia isso. Depois dela ter ficado inconsciente (eu acho), sangue saindo de sua cabeça, imobilizada no chão. Tiraram um saco preto gigante do bolso do sobretudo e a colocaram lá dentro como se fosse uma simples boneca. Em sequência a criatura com a barra de ferro vem até mim, meus olhos escorriam lágrimas, suor molhava todo meu rosto, impossibilitada de lutar, apenas rezava mentalmente. Acertaram minha cabeça e apaguei.

O SINISTRO (COMPLETO)Where stories live. Discover now