Capítulo 11 - Rafael

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Larissa deixou-me sozinho e seguiu seu rumo, enquanto eu ia para esquerda do túnel atrás dos mascarados com a Andressa (eu acho). Eles nenhum momento pararam e olharam para trás, nem perceberam a minha presença. O túnel desembocava em dois outros túneis, eles seguiram o da direita. Continuei seguindo-os, mas esse túnel era imensamente lotado de salas, pois tinha uma grade quantidade de porta de ambos os lados. Eles pararam em frente em uma porta e entraram com a maca, dei uma pequena espiada pela porta e eles estavam conversando em russo (talvez), não conseguia identificar. A cena nessa sala era de cinco mascarados, uma moça com parte da cabeça raspada cortada e costurada. No entanto, existia a presença de outro mascarado, sua mascara era de cachorro, um colar com estrela de Davi brilhava em seu peito e longos cabelos loiros desciam até seus ombros. Uma mulher! Eles viraram o carrinho para a porta, iriam sair da sala!

Com o desespero de ser pego, abri a porta do lado e entrei, essa sala era repleta de armários, não contei quantos, mas alguns estavam abertos e lá dentro encontravam-se as roupas dos mascarados! Desde o sobretudo, a máscara, as luvas e as botas vermelhas.  Resolvi vesti-las, pois queria saber o que eles planejavam.

Vestindo a roupa ridícula deles, continuei a segui-los, mas ainda com medo de ser notado. Chegamos em uma área com diversos cubos gigantes de vidro, similares a aquários. Dentro de cada aquário tinha pessoas vivas, eles olhavam para os mascarados com ódio, raiva, era tenebroso o lugar.  Colocaram a moça dentro desses aquários gigantes, fecharam-na e se retiraram do local. Segui rumo a esse aquário, era Andressa deitada lá dentro, com a cabeça raspada, o que eles fizeram?! Comecei a bater loucamente na parede de vidro e gritar:

— ANDRESSA, ANDRESSA, ANDRESSA!!!

Por um milésimo de segundo ela virou sua cabeça para mim, ignorou-me e dormiu. Eu estava incrédulo, pois precisava tira-la dali. Comecei a andar de um lado para outro pensando em alternativas de salva-la. Quando a mulher que usava a mascara de cachorro entrou no local, trazendo outra maca e mais dois mascarados e foram para o outro lado do salão. Essa mulher apontou o dedo indicador para mim, chamando-me, obedeci e fui, então ela disse algo que não compreendi e fiquei parado na frente dela sem saber o que fazer.

— Do you speak english? – ela perguntou. Ainda bem que eu falo um pouco de inglês, respondi:

— Yes!

— Can you take her? – ela perguntou, acredito que era para levar alguém. Então a cabeça de cão apontou para uma moça na maca, não acreditei, era Larissa!

— Yes! – respondi.

Peguei a maca e disse:

— I go alone! – em minha cabeça quer dizer "Vou sozinho!". Ela assentiu balançando a cabeça, peguei a maca e comecei a ir pelo corredor que eles entraram. Eu andava pelo corredor perdidamente sem ter ideia de onde iria parar.

Enquanto passava por algumas portas, uma delas chamou minha atenção, pois estava grafada S.I.N.I.S.T.R.O , o símbolo do alfa logo abaixo e por final escrito "BOSS". Empurrei a porta que era de ferro, por sorte estava aberta, entrei na sala com a maca. A sala era incrível, havia um computador com quatro monitores no meio da sala . Além do local ser limpo, bonito e atraente, na mesa dos monitores encontrava-se várias pastas. Comecei a folheá-las procurando respostas. Cada pasta tinha um nome: Simon Insk; Tamara Oliver, Roger Oliver, Nathan Insk e uma pasta com esse símbolo "&". Peguei a pasta do Roger e comei a ler, dizia que ele e sua mulher juntamente com os irmãos Insk fundaram a maior empresa de pesquisa humana, falida em 1999 por medidas governamentais. Isso fazia dezenove anos!

Continuei a ler o arquivo, dizia que Roger morreu com um tiro que acertou seu rosto. Ninguém sabe quem atirou, especulam ser um assassino de elite. Não importava! No entanto, ele deixou sua mulher grávida Tamara Oliver para trás, a qual queria continuar com seu trabalho inicial. Eu ia ler outro arquivo, quando algo acertou minha cabeça, virei meu rosto para trás e Larissa estava acordada, segurando um guarda-chuva, provavelmente pegou na sala. Tirei a máscara, ela suspirou aliviada. No entanto, o impacto causado pelo guarda-chuva fez minha mão bangunçar as pastas e não acreditei no que vi.

"Simon Insk; Nathan Insk; &; Tamara e Roger Oliver" – "S.I.N.I.S.T.R.O"

Peguei a pasta de Tamara e a pasta com o "&". Abri o sobretudo e na parte esquerda interna havia um bolso, coloquei-os lá dentro, peguei a maca e continuei a seguir o caminho de antes. Impresivelmente Larissa fala:

— Eu vi o Well dentro de um aquário gigante , ele estava sem as pernas – senti que ela começava a chorar – desculpa ter falado que eles mereciam morrer, ninguém merece aquilo.

— Aquários? Grandes cubos de vidros enormes? Na sala desse aquário tinha mais? – perguntei.

— Sim para todas as perguntas – ela respondeu.

— Eu vi a Andressa nesses cubos também – comentei – acredito ter descoberto algumas coisas.

— O que? – indagou ela, parei a maca, abri o sobretudo e retirei as pastas, entreguei para Larissa e disse:

— Essas pastas falam sobre algo muito importante, guarde elas... – Algo abriu sobre meus pés e eu cai alguns metros, fechei meus olhos e preparei para a morte iminente. Meu corpo bateu com em algo macio, um colchão de ar. Uma pequena luz iluminava minha cabeça, vindo da direção do buraco que cai. Levantei-me e senti uma forte picada no pescoço, passei a mão e retirei um dardo, meus olhos fecharam-se lentamente.

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Caros leitores, obrigado por tudo nessa jornada! Espero que gostem do capítulo 11.

Sobre o cap 12: Caio conta como o acampamento ficou devastado.

O SINISTRO (COMPLETO)Where stories live. Discover now