Alunos de ensino médio ganham uma viagem para um acampamento na floresta. O acampamento iria durar sete dias. A floresta é denominada de Sem Luz, pois a quantidade maciça de cipós que preenchem as copas das árvores fazem com que seu interior seja es...
Ao chegar na área da lavanderia, perdemos Andressa de vista, não fazia ideia para onde ela foi. No entanto, ficava olhando para o cano que descemos na esperança do Well aparecer e nos ajudar achar a baby Andressa.
— Caio se você fosse um bebê para onde iria? – pergunto.
— Se eu fosse um bebê eu não saberia pensar Larissa!
— Precisamos achar Andressa!
— Eu acho que devíamos nos salvar e esquecer a Andressa!
— Por que você é tão egoísta?
— Se eles fizeram isso com ela, provavelmente a querem e ela será bem cuidada – ele deu de ombros.
— Você é inacreditável sabia? Não bastava ter largado a gente para morrer? Agora quer deixar um bebê morrer! – exclamei.
— Eu deixei Patrícia para morrer, você e Rafael poderiam sair dali com facilidade.
— Patrícia é um embuste! Espero que aquela vaca morra! Ela atirou em mim! – eu estava muito nervosa.
— Para onde vamos? – perguntou Caio.
— Well disse para pegarmos a direita, espero que a Andressa esteja por lá!
Caminhamos até o túnel da esquerda, mas algo na entrada do outro túnel chamou a minha atenção, volto para ver o que era e encontro o livro infantil que Andressa estava lendo. Meu coração aperta, será que eu vou atrás dela ou salvo minha vida, apesar de não sermos boas amigas, ela agora é incapacitada de fazer qualquer coisa, coitada.
— Caio! Andressa seguiu para o lado esquerdo – mostro o livro para ele – seguirei o túnel atrás dela.
— Por quê?
— Ela é incapacitada agora! – suspiro e continuou – Estou indo para esquerda!
— Vou com você! – diz Caio.
— Sério? – indago surpresa.
— Pelo menos vou tentar fazer algo bom na vida antes de morrer – ele sorri.
Caio tem lindos olhos azuis como o oceano e aquele cabelo bagunçado o deixam simplesmente lindo. Entretanto, minha preocupação agora é achar Andressa. Seguimos para a esquerda, não tínhamos ideia do que podíamos encontrar, o túnel era escuro, poucas luzes iluminavam o local. Andamos vários minutos, uma vez ou outra aparecia uma porta, tentávamos abri-las, mas estavam trancadas, algo me dizia que Andressa não tinha seguido aquele local, afinal com a mentalidade de criança ela não andaria rápido.
Enquanto caminhávamos perdidamente pelo túnel, um mascarado apareceu em nosso caminho com uma barra de ferro, Caio deu a louca e ficou gritando, com ódio imenso que tinha dentro de mim, fui para cima do homem. Ele tentou usar a barra de ferro para acertar meu rosto, desviei e chutei os testículos dele, ele se contorceu de dor, então com o cotovelo acertei seu rosto, a barra de ferro caiu de sua mão, peguei-a e arrebentei sua cara.
— Lembre-me de nunca irritar você! – disse Caio surpreso.
— Bom mesmo – eu disse sorrindo, ele me fez uma cara de nojo e continuou:
— Tem um pouquinho de sangue na sua bochecha.
— Estou me sentindo ótima – passei a mão na bochecha para limpar o sangue e com a barra na mão – Eu sou poderosa!
— Você é louca!
— Vamos encontrar Andressa! – exclamo eufórica, vou até Caio, agarro-o e beijo ele, ele retribui.
— Tenho certeza que você é louca agora – ele afirma.
Continuamos a caminhar pelo túnel, escutamos estrondos, espero que seja esse lugar pegando fogo. Andamos em silêncio, Caio resolve quebrar o gelo dizendo:
— Eu sou covarde – eu faço a expressão "Já sei", ele continua – É bom saber que tem alguém protegendo você – sorri para mim. Coitado dele, eu estou protegendo a mim.
Encontramos um local com várias celas disponibilizadas pelo túnel e o guarda jogado no chão. Reviro o guarda na procura de objetos mortíferos e não encontro nada útil. Continuo a caminhar sozinha pelas celas, tinha várias pessoas lá dentro e encontro o corpo de uma mulher estirada no chão, ela tinha uma arma na mão, retirei e percebi uma cela aberta e uma chave na porta. Retirei a chave fui até a próxima cela e abri a porta dizendo:
— Vamos fugir desse local – a mulher de dentro da cela sorriu para mim e voltou a fundo da cela – Moça! – gritei – Vamos fugir! – ela volta com uma senhorinha mancando. Meu coração dói de ver a expressão sofrida daquela senhora, provavelmente ela foi dos experimentos iniciais, ela mal conseguia parar em pé. Ajudei elas se retirarem da cela. Então abri todas, todos felizes me olharam com a expressão para onde vamos? – Sigam-me!
Pegamos outro túnel, ouvimos mais estrondos, começamos a apressar os passos, passando em frente a umas salas, ela me chamou a atenção, então a todos gritei:
— Pessoal, quero que vocês sigam o Caio para saírem desse local, eu preciso fazer uma coisa – o pessoal não discordou de nada. Continuaram o caminho e eu entrei na sala, pouco depois percebi que havia entrado em uma sala de defuntos. Havia vários mortos distribuídos por mesas. Comecei a perambular pelas as mesas e pensar de como eles vieram parar aqui.
Olho para todos aqueles corpos gelados, quando percebo o corpo nu de Rafael esticado em uma mesa, meus olhos começam a encher de lágrimas, afinal eu amava ele e agora seu corpo jaz na imensidão do mundo espiritual. Chego perto daquele lindo corpo, passo mão sobre ele na esperança de ele estar quente, mas não aparenta. Encosto minha mão em seu pescoço, rapidamente percebo algo pulsar, coloco minha orelha sobre seu peito para ouvir se tem batimentos, não identifico. Resolvo dar a louca e pegar seu corpo e arrasta-lo para fora daquele local frio. Ele é pesado!
Arrastei seu corpo para a fora, o abracei na tentativa de aquecê-lo. Enquanto isso, olho atentamente para os dois lados dos corredores, afinal pode aparecer qualquer coisa a qualquer momento. Uma sombra aparece do lado direito do túnel, as celas ficavam daquele lado, acredito ser um dos mascarados. Posiciono o corpo de Rafael na parede, pego minha barra de ferro e fico na espera, pronta para lutar. A sombra aproxima-se vagarosamente, um passo de cada vez, calafrios atingem minha espinha e começo a suar frio. A adrenalina corre em todo o corpo, coração acelerado de forma descontrolada. Parte do rosto aparece em uma luz falhada, mas não enxergo de forma nítida, a sombra aproxima-se, eu grito:
— Quem é você? O que você quer? -a resposta é um suspiro.
Pessoal espero que gostem do capítulo 19! E que fiquem bem ansiosos para o CAP 20!
Bônus
Então lindos leitores, eu tentei desenhar para vocês um dos personagens de O SINISTRO! Não sou profissional, mas espero que gostem de como eu imagino ele!
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Em relação as cores ... bom... imaginem <3! Se vocês gostarem eu me proponho a fazer os outros personagens!
