Capítulo 12: Caio

1.2K 206 170
                                    


Ao deixar Patrícia, Rafael, Thiago e Larissa para morrerem, a única coisa que eu conseguia pensar era fugir para qualquer lugar longe desse inferno. Acabei voltando para o acampamento e a primeira coisa que eu me deparo é com a professora Isabel enforcada na entrada. Claro que eu gritei e não me orgulho desse grito! Então, três pessoas saíram das cabanas e foram ver quem estava fazendo escândalo. Os alunos olharam para minha pessoa e Mari perguntou:

— Você ainda não tinha visto ela morta?

— Não – respondi, Mari perguntou novamente

— Onde você estava? – Mari é uma linda morena, cabelos cacheados até a cintura, sua pele brilha dando a impressão de leveza e maciez, seus olhos azuis a destaca de todas as outras garotas da turma.

— Eu estava na cabana que o Thiago tinha dito ver o defunto – respondi.

— Qual motivo você foi até lá? – ela continuou a perguntar, ao lado esquerdo de Mari estava Natan, o qual é branco pálido, cabelos castanhos escuros e olhos de mesma cor, as vezes acho que ele tem anemia. Ao lado direito de Mari estava Mayala, que tem olhos cor de mel, cabelos castanhos ondulados até os ombros, corpo robusto e um rosto angelical dão a ela a característica de ser gentil, mas ela não é.

— O que faria uma pessoa ir até uma cabana velha com um defunto que fala? – indagou com sarcasmo Mayala.

— Thiago comentou que havia um Opala vermelho escuro na cabana, queria verificar se era verdade, mas não era – respondi.

— Você iria fugir? – questionou Natan.

— Eu queria ver se tinha mesmo, mas como vocês sabem Thiago anda fumando muito e acabou vendo coisas que não existem, por exemplo, o defunto não existe também – expliquei.

Voltei a minha cabana, a qual divido com Natan e outras pessoas, ao chegar lá deparo-me com João Victor pelado sentado em uma das camas. Natan ao me deixar no quarto diz:

— Nós vamos nos reunir para comer umas frutas, beleza!

— Beleza – disse.

Comecei a despir-me, tirei a camiseta, virei de costas para o João Victor e abri o zíper do meu short, comecei a abaixa-lo e escuto um som estranho, virei minha cabeça e João Victor estava se masturbando enquanto olhava para minha bunda, incrédulo falei:

— Que isso João?

— Desculpa, mas sua bundinha! Oh lá em casa! – disse ele eufórico.

Rapidamente coloquei minha bermuda, vesti a camiseta e ouvi gritos, corri para ver o que era. Na entrada do acampamento, abaixo de onde a professora Isabel estava enforcada havia nove mascarados. O mascarado do meio segurava uma corrente presa ao pescoço de Thiago, o qual andava de quatro, como um cachorro. O mascarado ao lado direito de Thiago segurava uma câmera. Natan se aproximou dos mascarados e gritou:

— O que vocês querem?

O homem que segurava a corrente presa no pescoço de Thiago, retirou-a, apontou para o Natan e gritou:

— MATE!

Thiago começou correr como um louco, pulou em cima de Natan e eu só vi sangue. Thiago mordia, espancava, batia, em seguida correu em direção a Solange e fez o mesmo, depois os mascarados começaram a destruir o acampamento e ir para cima de cada um dos alunos. Fiquei desesperado, pensei em ajudar as pessoas, mas logo desisti, precisava salvar-me. Andei vagarosamente no meio da multidão enlouquecida, como se fosse um fantasma, de longe vi a Mari, resolvi ir atrás dela, mas algo similar a um taco de golf acertou seu rosto, cheguei mais perto e Mari disse para a pessoa que havia acertado sua cara:

— Não acredito! Você! – A sequência foram várias batidas com o taco no rosto da Mari. Então lembrei que no fundo do acampamento existe uma árvore grande. Fui até lá, subi na árvore, no galho mais alto que consegui e assisti toda a carnificina.

Depois de todos estarem mortos, Patrícia apareceu, conversou com os mascarados. Ela segurava alguma coisa em sua mão, apontou esse objeto para Thiago, não sei o que aconteceu, mas ele apagou. Um dos mascarados pegou Thiago e jogou-o por cima do ombro para carrega-lo, os demais o seguiram. Patrícia permaneceu no acampamento e juntava os corpos dos mortos e seus diversos membros. Fiquei observando até que Andressa aparece, elas brigaram, Patrícia faz Andressa apagar e a carrega para junto dos defuntos, em seguida ela sai para o meio da floresta. O acampamento ficou totalmente destruído. Desci da árvore e fui até Andressa, retirei ela de lá e verifiquei se estava viva. Aparentemente ainda estava, mas ela tinha uma parte da cabeça raspada e costurada, levei-a para uma das cabanas que ainda tinha teto e fiquei observando o cair da noite.

A noite chega e escuto passos no acampamento, meu instinto diz para eu deixar Andressa e fugir, mas resolvo seguir o som. Acidentalmente deparo-me com Mayala, que se assusta e logo em seguida diz:

— Como você sobreviveu?

— Escondendo-me – respondi e perguntei – Você é um deles?

— Não – ela respondeu.

— Não confio em você – retruquei – mas em todo caso precisamos ficar juntos.

Contei o que tinha visto e mostrei a ela Andressa dormindo, Mayala questiona-me:

— Será que Andressa não está como Thiago?

— Eu sou capaz de confiar mais nela do que em você Mayala e acredito que não.

Sentamos na cabana e ficamos olhando o extremo escuro da floresta, sem piscar os olhos e ali esperávamos o raiar do sol e uma alternativa de deixar esse local.

__________________________________________________________________________

Obrigado por todo carinho leitores, espero que gostem desse capítulo.

Sobre o Cap 13 - Thiago, Sangue, Alfa e o teste.


O SINISTRO (COMPLETO)Where stories live. Discover now