About cats and friendship

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Nada em parte alguma. Louis tinha ido até o restaurante, depois até o grande salão. Dera a volta em ambos os prédios, seguiu para a recepção e inventou que estavam brincando de esconde-esconde para perguntar à atendente se ela não tinha visto as meninas. Tudo resultou em nada.

Ele estava começando a suar frio. Achava que não havia nada pior que ter uma crise de ansiedade social, mas estava enganado: não saber se as irmãs estavam bem era infinita vezes pior.

Ele se apressou em voltar para casa. Deu a volta pelo lado de fora e parou novamente no meio do quintal dos fundos. A casa não tinha muros, pois ali dentro era tudo muito seguro, apesar dos hospedes indo de um lado para o outro, a pequena casa ficava em uma parte afastada de seus olhos. Ninguém poderia, portanto, ter seq...

“Louis, pare com isso. Talvez você esteja assistindo jornal demais” ele mexeu nos cabelos lisos, nervoso.

Voltou-se para procurar na outra direção apressado. Ainda podia vasculhar na área do grande viveiro de pássaros, no caminho para as piscinas, ele achava que tinha umas saunas pra aquele lado também? Não tinha certeza, mas elas só podiam estar lá. Por tudo que é mais sagrado que elas estivessem lá e estivessem bem!

Distraído, Louis quase pulou de susto quando uma mão tocou seu ombro. Ele arregalou os olhos e colocou a mão sobre o coração. Era só Harry. Ele havia esquecido totalmente que o outro o estava ajudando. Pensou que talvez Harry tivesse se cansado de sua teimosia e fora embora para casa. Quem poderia culpá-lo por ter essa atitude? Não que isso importasse para Louis, ele queria afastá-lo mesmo. Se pelo menos o assunto fosse outro talvez falasse com ele, mas com aquela coisa de canto não dava. Ele não sabia lidar. Queria berrar o motivo de não conseguir e até mesmo se desculpar com o outro por ser tão frio, mas o que dizer? Ele não conseguira enfrentar aquilo em onze anos, pra que ficar berrando essa droga dessa fobia ou o que seja para um garoto desconhecido que tinha se empolgado tanto em relação a ele?

- Desculpe Louis! Você passou apressado por mim! – ele tinha o semblante preocupado, mas sorria. – Eu contornei o viveiro inteiro, descobri até que tem um pequeno lago com uma ponte japonesa do outro lado, bem pequeno mesmo. Mas nada das suas irmãs.

Louis já havia normalizado a respiração que tinha acelerado devido ao susto, mas seu coração ainda estava disparado pela preocupação. Ele olhou para os dois lados apreensivo e suspirou desarrumando o cabelo com a mão, nervoso.

- Elas tem que estar para o lado das piscinas.

Mais uma vez não esperou qualquer resposta de Harry, seguindo para aquela direção. Harry apressou o passo para segui-lo.

- Elas não podem ter ido longe e não devem ter saído daqui, impossível.

- Não se alguém... – Louis engoliu seco.

- O que? Louis, todo mundo conhece vocês, digo, dos funcionários né? – os dois andavam lado a lado. – Ninguém vai sair com elas daqui.

Louis voltou o olhar para ele, se voltando rapidamente pra frente. Balançou a cabeça concordando.

- Pensei que tinha ido embora.

Harry não pode conter um pequeno nó dentro de si por causa da fala do outro. Ele estava o incomodando mesmo não era? Ele só queria ajudar, não era justo!

- Não conheço elas, mas sei que é preocupante. Não quero te irritar, me desculpe.

“Isso Louis, ganhe um brinde pela sua rispidez!” o mais velho pensou sentindo certa magoa na fala do outro. Era uma boa maneira de afastá-lo de vez, mas seus pais tinham lhe dado educação e ensinado o que era ter o mínimo de consideração com pessoas que estavam sendo gentis com ele de alguma forma.

The CureWhere stories live. Discover now