Capítulo 13 "Vou lembrar-me disso quando tiver oitenta anos"

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Playlist no spotify no link externo e na bio incluindo uma das musicas citadas no capitulo anterior. Quero agradecer às pessoas que comentaram o capitulo de ontem e dizer que as vou seguir, muito obrigada, significou o mundo para mim!





O resto da semana passa sem incidentes. Comecei a trabalhar no meu projeto e estou contente com o livro que escolhi. É sobre este amor impossível, o que pode ser um pouco previsível, mas o conceito em si é fantástico, um tesouro que está perdido há dezoito anos é encontrado no sitio mais improvável e o mundo começa uma espécie de caça ao homem para deter este poderoso tesouro de cair nas mãos errado. A música bomba-me nos ouvidos quando dois desenhos me caem na secretária. Tiro um fone e olho para Samuel.

-As capas, qual é mais bonita? - Ele tem umas calças xadrez super giras vestidas e isso faz-me olhar para as minhas. São iguais, mas o xadrez é vermelho.

-Hum...a dourada e azul, parece uma edição especial.

Ele acena com a cabeça e depois sorri dando-me um pequeno abraço. Por alguma razão começo a sentir-me muito ligada a ele, no entanto Sam continua distante, tão distante como no primeiro dia.

-Tens razão, para uma miúda de 22 anos és muito esperta e tens um bom gosto tremendo...adoro as tuas calças.

Ele sorri e bate à porta de Pella, que se tem mantido afastado de mim como se eu fosse o filho preferido do diabo. Continuo a escrever sobre o projeto quando sinto os olhos gelado de Sam. Tenho uma breve discussão comigo mesma até me decidir a olhar para ela. Os olhos dela são de um azul amarelado e ela está mesmo focada no quer que esteja na minha cara.

-Precisas de alguma coisa Sam?- Pergunto de forma cordial.

Ela acorda e depois percebe que estou mesmo a falar com ela.

-Como é que fazes para os outros gostarem de ti?

Ora aí está tudo aquilo que eu menos esperava que ela me perguntasse. As pessoas gostam de mim? Suponho que sim, eu tento ser boa para os outros, talvez seja um pouco mais agressiva com os homens que acho intimidantes, mas em geral sou simpática.

-Não faço ideia. - Encolho os ombros.

-Quantas vezes é que Mr.Pella te gritou desde que entraste aqui?

Oh não!

-Nenhuma, mas ele não tem que gritar com nenhum de nós.

-E o Harry, ou mesmo o Samuel, ele não é assim tão simpático para toda a gente como é para ti, tens qualquer coisa. - Ela encolhe os ombros e abana a cabeça.

-Talvez seja o perfume. - Tento fazer uma piada, não relevando que me sinto profundamente constrangida com o rumo da conversa. - E o Harry aguenta-me porque já nos conhecemos há anos.

Ela acena com a cabeça e mete os fones antes de Samuel sair do gabinete meio lívido.

-As duas ao escritório comigo por favor? É final do mês temos que falar.

Levanto-me e saltito no meu lugar para aquecer os pés.

-Converse são uma má ideia com este tempo.- Samuel ri-se enquanto me abre a porta, Sam passa-me à frente e viro-me para ele.

-Vou conduzir até casa hoje, preciso dos ténis.

Sam senta-se e só há mais uma cadeira. Digo a Samuel para se sentar e ele diz-me que as senhoras é que se sentam.

-Preciso de esticar as pernas, senta-te tu.

Ele acaba por o fazer e Mr. Pella que estava a um canto da sua enorme sala a falar ao telemóvel vem até nós. Os olhos brilhantes estão em mim o tempo todo e a sensação magnética começa a fazer-me questionar o que estou realmente a sentir.

Two ways to lie *Concluida*Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang