Capítulo 38 "Diz-lhe a verdade, ou digo eu"

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"I should've walked away one year ago

When you said

I couldn't make it out alive"


A água quente aquece-me o corpo depois da manhã fria na praia e oiço Ryan a latir ao longe. Sorrio e depois a porta da casa de banho abre-se, viro a cabeça e vejo William a tirar a t-shirt. Talvez tomar banho na casa dele tenha sido uma bela desculpa para ele, e não para a minha frágil saúde e os meus espirros chatos.

-Então era por isso que o Ryan estava a latir.

-Não gosta de ficar sozinho.

Ele baixa os boxers e eu rio-me, anda até mim e enlaça-me a cintura.

-Estás a rir-te de quê? - Inclina-me para trás e o meu cabelo balança solto. Envolvo-me os braços à volta do pescoço e beijo-o.

-Nada, hoje estou feliz. - Murmuro e quando ele me endireita.

-Estás feliz?

-Muito feliz. - Murmuro e meto-me bicos de pés antes da minha perna lhe subir pelo corpo e encaracolar à volta da cintura.

-Eu também estou feliz.- Os olhos dele são um azul intenso e observo a linguagem corporal dele modificar-se quando me encurrala contra a parede.

As minhas costas tocam os azulejos frios e vejo a chuva forte que começou a bater nas janelas, a minha roupa está no chão e o fato de surf dele em cima de uma cadeira. A mão dele enlaça-me o cabelo e baixa a cabeça até que o seu nariz está no meu cabelo.

-Deixas-me maluco.- Sussurra antes de me beijar, é profundo, a língua dele é possessiva e quando a sua mão se arrasta pelo meio das minhas pernas agarro-lhe os braços. Engulo em seco e sinto-lhe os músculos rijos debaixo da pele macia. Ele deixa-me num estado de euforia e sedução que se tornam uma combinação explosiva incrível, no entanto sei que nunca me vai acontecer nada enquanto estiver aqui, que ele não me vai trair, que não me vai pressionar, pelo menos não agora.

As mãos dele agarram-me as pernas e sou erguida, o membro dele provoca-me e sorrio para ele antes de me baixar ligeiramente para sentir as primeiras polegadas. Com forme ele se mexe contra mim a minha mente vai desligando, o meu corpo entrega-se a uma sintonia desenfreada com as minhas hormonas e tudo aquilo que sinto são contrações de prazer e gemidos roucos perto da minha orelha. Abro a boca e aproximo-a da orelha dele, algo que digo deixa-o ainda mais frenético, uma investida particular faz-me colar as costas à parede e não sair, estou presa entre ele e a parede de uma forma tão literal que o peso da linguagem dele me faz vir de forma intensa. Desabo sobre o seu corpo como um peso morto e ele beija-me o pescoço enquanto se vem.

Depois do almoço ele passa-me os pratos para eu secar, é uma rotina tão caseira que dou por mim a sorrir para o reflexo de uma colher. Estou ao contrario e parece tonta.

-Queres casar um dia?- Will pergunta quando me passa um copo.

Se quero casar? Não sei, talvez... não quero que um casamento se torne num peso morto, mas creio que isso acontece tanto em relacionamentos com ou sem casamento.

-Talvez, e tu?

Os dentes dele são brancos e o sorriso dele arrapazado.

-Sim.

-Foste tu que pediste a tua ex-namorada em casamento? - Uma pergunta arriscada Julls.

Ele parece pensar nisso por um segundo.

-Acho que decidimos ambos que era o próximo passo a dar.

-Como um jogo?

-Exato, ensinam-nos isso certo? Estudar, trabalhar, casar, ter filhos...

Two ways to lie *Concluida*Where stories live. Discover now