Capítulo 02

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Revisado por Olemberg
Boa leitura 💛

Já passava das sete quando Vitória correu pelas ruas movimentadas de Paris, estava atrasada, sua mãe a prendeu por muito tempo antes de deixá-la sair. Parou de correr quando se chocou com uma mulher, gritou um pedido de desculpas e continuou a correr.

Droga, droga, droga! Atrasada de novo.

Chegou a frente da casa dos Dupain-Cheng ofegante e logo tocou a campainha lançando um sorriso para mulher que abriu a porta.

— Oi, tia Sabine — falou animada e deu um beijo no rosto da mulher antes de sair correndo novamente para o quarto onde as amigas estavam. Ouviu um riso da mulher que já estava tão acostumada com seus atrasos, afinal tinha Marinette como filha.

Abriu a porta do alçapão e entrou no quarto.

— Cheg... — sua fala foi o interrompida quando uma chuva de almofadas a acertou.

— Está atrasada — Tikki, Alya e Mari gritaram juntas. Ela revirou os olhos e levou a mão ao nariz dolorido, uma das almofadas a tinha acertado bem ali. Se desvencilhou da mochila e a deixou no chão enquanto resmungava.

— Bando de animais. O que tinha dentro dessa almofada? Chumbo? — Tirou os sapatos e subiu para cama onde suas amigas estavam deitadas. — Eu nem demorei tanto assim.

— Claro que não, só vinte minutos — a ruiva replicou em escárnio.

— Okay, eu demorei, mas não precisava, literalmente, jogar na minha cara.

Murmurou ao lançar uma almofada no rosto da ruiva e se jogou em cima da Marinette, deitada ao lado dela, que arfou com peso adicionado às suas costas.

— Ai! Vitória, sai de cima de mim, seu animal, não consigo respirar — ela começou a se debater. As outras duas riam da cena e logo se jogaram em cima das duas também.

— Vocês vão me matar sufocada— gritou rindo. Suas amigas eram pesadas, mas achava tudo bem divertido.

— Alya, porra, você é pesada, sai— Vitória gritou rindo.

— Não saio. Esse é seu castigo por ter chegado atrasada. A obesa da Tikki também está em cima de mim, você acha que ela não pesa não?

— Obesa é a senhora sua mãe, Alya — gritou beliscando a de óculos.

— O castigo é da Vi, não meu. Saiam — Marinette gritou novamente.

— Não — as três gritaram de volta, rindo da amiga presa entre elas e a cama.

....

O barulho estridente do despertador ecoou pelo quarto, Alya foi a primeira a abrir os olhos e olhar de relance para janela, o dia ainda estava escuro lá fora.

Observou as amigas que ainda dormiam e Vitória abriu os olhos de forma lenta,  ainda sonolenta levando as costas das mãos aos olhos, os esfregando.

— Bom dia — disse com sua voz baixa e rouca preenchendo os ouvidos da morena com o som.

— Bom dia — respondeu, simplesmente. Sua voz era bem mais suave que a da platinada, Vitória sempre acordava com a voz fraca e rouca, o que na opinião na dela era bastante fofo.

— Você faz o café e os lanches para viagem enquanto eu acordo as duas? — Alya sugeriu, já se levantando.

Se espreguiçou para despertar totalmente levantando os braços para o alto. Vitória assentiu enquanto a observava e se levantou copiando os gestos da amiga.

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