Capítulo 13

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   Atenção, esse capítulo pode conter menção de assuntos como abuso psicológico e relacionamentos abusivos, se você for sensível a esses tipos de conteúdo ou já passou por algo parecido sugiro que primeiramente peça ajuda para alguém de confiança, e segundo busque uma leitura que não possua gatilhos. Ou então pense um pouco se deseja continuar com essa história.
Se cuidem ♡
Revisado por Olemberg
Boa leitura 💛

— Já estou indo — gritou mais uma vez para a pessoa desocupada que insistia em tocar sua campainha sem parar,

Mas que inferno!

Não podia parar para estudar por um minuto sem que alguém lhe interrompesse?

— O que dese...? — não conseguiu terminar sua sentença quando um corpo se lançou contra o seu lhe abraçando de forma afoita e desesperada.

— Você tem que perdoar! — pediu aos prantos. — Não sabe como as coisas vem sendo difíceis sem você, amor por favor... — Lila disse, e diante da voz chorosa e sôfrega ele foi incapaz de não retribuir o abraço, tentando de alguma forma a consolar. — Eu voltei a tomar os antidepressivos, doutora Lee disse que eu preciso de apoio agora... depois que brigamos eu fiquei tão mal! Sinto muito, amor. Prometo não fazer de novo, mas me doeu tanto ver você me trocando pelos seus amigos, você não fica mais comigo Plagg e eu… eu... — Plagg engoliu um seco enquanto a abraçava mais forte, a culpa o atingindo como um soco, um gosto amargo lhe subindo a garganta; ele errou, e por consequência deixou Lila chateada e dois brigaram feio por culpa sua, era sempre culpa sua.

— Está tudo bem, me desculpa, Lay. Eu perdoo você, está tudo bem, amor. Eu estou aqui — disse com dificuldade, sua garganta doía e apertava lhe causando falta de ar. Abraçou a corpo da garota mais forte tentando lhe passar conforto, deixou alguns beijos nos fios castanhos enquanto o choro dela continuava, Plagg se sentia culpado, triste; preso. Mesmo que não admitisse se sentia preso em um relacionamento desgastado, mas a amava demais para abrir mão.

Já Lila continuou seu teatro descarado, se sentia triunfante, feliz, satisfeita. Não importava quem magoasse ou o quanto precisasse mentir se no fim conseguisse o que queria, conseguisse o seu amor de volta. Ela sempre o seguraria mais e mais se fosse necessário, tudo para tê-lo consigo.

….

— Ai... Você está puxando muito, vai com calma — disse Alya enquanto tinha seus fios castanho-avermelhados trançados por Vitória que murmurou um pedido de desculpas. — Falta muito pra terminar?

— Se você continuar se mexendo, sim — disse pela milésima vez já sem muita paciência, puxou mais algumas mechas da trança embutida, queria terminar logo aquilo, seus dedos já estavam doendo pela quantidade de vezes que teve que refazer toda a trança porque Alya não parava quieta e ela ainda tinha que ter o cabelo comprido.

— Marinette pega a carteira por favor, a comida chega em cinco minutos — Tikki pediu a Marinette já que a mestiça estava mais próxima dos quartos.

— iFood — Vitória cantarolou no ritmo da propaganda terminando de puxar as últimas mechas.

— Aí fode? — Marinette apareceu na sala com uma expressão confusa e a carteira em mãos — Por que você falou isso?

— Mas eu não falei...— disse num tom de voz questionador acompanhado de risos.

— É iFood, Marinette — Tikki falou rindo e pegou a carteira da mão da amiga que murmurou em compreensão —, bom, eu vou descer, a comida já vai chegar.

— Terminei — praticamente gritou quando prendeu a ponta da trança com um elástico, Alya também comemorou internamente se levantando do sofá e estalando as costas —, precisa de ajuda Tikki?

Filhos da LuaWhere stories live. Discover now