Capítulo 18

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Revisado por  Olemberg
Boa leitura 💛

Como você está? — Sabrina indagou com a voz suave, as mão brincando com o fio solto do seu pijama. Na Semana que Nino passou fora foi difícil para ela, mesmo que eles falassem quase todos os dias, sua insegurança não a deixava em paz. Chloe e Lila não ajudavam em nada nessa, apenas alimentando aquele sentimento tão amargo e destrutivo.

— Estou melhor agora, vou voltar para casa.

Isso é bom — riu feliz —, você sabe a hora que chega?

— Ainda não, mas não vou demorar. O Theo vem nos buscar, inclusive acho que ele tá chegando — comentou quando ouviu o típico rangido da tranca eletrônica sendo aberta.

Tudo bem, então nos falamos depois... Me avisa quando chegar?

— Claro, pode deixar. Te ligo mais tarde, eu te amo.

Eu também te amo.

Nino desligou a ligação quando a porta foi aberta e cabeleira loira de Adrien se pôs dentro do quarto.

— Já está acordado?

— É o que parece, não é? — respondeu olhando os amigos, o celular na mão e o cenho franzido quando percebeu a expressão deles. — O que houve?

— Kov não disse nada para você? — Plagg indagou.

— Ele não é muito de falar, se você quer saber — Kov era uma espécie de deus ferreiro, um deus do Metal pra lá de reservado. Tinha aparência atípica dos outros guardiões, era grande e forte, cabelos brancos e tinha olhos escuros, uma barba por fazer e vestimentas mais brutas. Apesar da aparência ele não tinha uma personalidade intimidadora, era apenas quieto e recluso. Com Nino trocava poucas palavras, sempre precisas e logo mandava-o de volta, apesar de dessa vez em questão, ele ter ficado um pouco mais falante, o que não significava muito.

— Os deuses elegeram novos discípulos e, pelo o que Senka mencionou, eles estão por perto — Theo explicou-lhe. Seus olhos já no habitual azul para felicidade do ruivo.

— Agora mais essa... Sugiro que comecem as buscas rápido, antes que causem problemas.

— Nós vamos, não se preocupe. Vou enviar um relatório para equipe e tratamos disso amanhã, hoje vocês precisam de descanso e eu também — Mon informou, assumindo uma postura mais profissional, mas ainda assim, extremamente cansada. — Pega suas coisas e vem. 

Nino, como lhe foi pedido, recolheu sua mochila e saiu do quarto aliviado por finalmente estar livre novamente. O caminho para fora da agência foi silencioso entre eles, sendo acolhidos e embalados pela letargia da manhã. Mônica realmente pegou uma carona com eles, cansada demais para arriscar pôr as mãos no volante, mesmo que por pouco tempo já que não morava longe do trabalho. Foi na frente com Theo enquanto os outros três dividiam o banco de trás, cada um rodeado pelo próprio silêncio.

Quando chegou em casa, Mon se despediu deixando um beijo casto no rosto do garoto e saiu do carro depois de acenar para os outros três. Theo esperou até que a mulher entrasse em casa e fechasse a porta para dar partida no carro, e quando assim ela fez não se demorou ali.

Assim que entraram na garagem do prédio, uma sensação estranha se apossou do corpo de Plagg, quanto mais próximo ficavam do apartamento deles mais essa sensação crescia. O coração acelerado e corpo agitado, não era ruim, só... estranha. Como um formigamento passando por cada veia e artéria de seu corpo. Quando passou em frente ao apartamento das garotas seus olhos brilharam em verde intenso, mas isso passou despercebido pelo moreno, focado em tentar decifrar o que estava acontecendo consigo, diferente de Theo que sentiu de imediato quando seus olhos mudaram novamente junto ao formigamento das costas.

Filhos da LuaWhere stories live. Discover now