Capítulo 17

1.4K 150 116
                                    

Revisado por Olemberg
Boa leitura 💛

— Nós precisamos de um banho — observou Tikki, fitando a mestiça sentada no sofá. Havia deixado Marinette lá e foi limpar o vômito do chão, tendo que tirar o tapete e deixá-lo na lavanderia. Passou pano no piso para tirar o cheiro ruim, e agora estava realmente enojada.

— Se eu pudesse, ficaria longe da água por bastante tempo.

— Foi muito ruim para você?

— Foi péssimo! Para você não?

— Não, Yoko é gentil e fofo.

— Yoko?

— Conversamos depois. Primeiro banho, por favor.

Marinette levantou do sofá sem outra opção, e assim como Tikki, foi até seu quarto. Tomou um banho breve e escovou os dentes duas vezes, para tirar o gosto ruim da boca. Vestiu um conjunto de roupas confortáveis, o cabelo preso com uma xuxinha e pantufa nos pés. Voltou para sala onde Alya já se encontrava sentada no sofá, enquanto Vitória estava na cozinha, fervendo água para fazer café. Sentou ao lado da morena, se aconchegando perto do corpo quente, e deitou a cabeça em seu ombro.

— Você está quente — Marinette disse. Alya deu um risinho e deitou sua cabeça sobre a da amiga.

— Eu sempre tive o corpo quente, Marinette.

— Eu sei, mas está mais agora.

— Está melhor que antes — Vitória informou, assim que entrou na sala e sentou-se na poltrona, com as pernas cruzadas e uma xícara de café nas mãos. — Quer?

— O que é?

— Café, ainda tem na cozinha.

— Não, eu prefiro um chá — a mestiça saiu do aconchego do sofá e foi para cozinha, onde ferveu água para um chá de limão e mel. Despejou o líquido numa xícara e voltou para sala, que agora também era ocupada por Tikki.

As quatro ficaram em silêncio por longos minutos. Ninguém sabia ao certo como iniciar a conversa, afinal, mesmo tendo sentido na pele ainda era um assunto um tanto estranho. Vitória, sendo curiosa como sempre foi, deu início à conversa ao seu próprio jeito.

— Então, como foi pra vocês? Também ganharam um beijinho?

Marinette parou em um movimento de tomar o chá, fazendo uma careta ao se lembrar de Aegir. Assoprou um pouco mais o chá e tomou um longo gole do líquido quente que confortou seu corpo em uma boa atmosfera.

— Era a mulher do meu sonho — Alya começou, ganhando de imediato a atenção de Marinette.

— Sério? Caramba — exclamou surpresa.

— Que sonho? — Tikki perguntou-a confusa.

— Verdade, eu não contei pra vocês. — Alya narrou os acontecimentos recentes, tanto o sonho quanto o encontro com Angra. Narrou todos detalhes que conseguia sob olhar atento das outras.

— Angra não parece tão ruim — Vitória disse por fim.

— Ela não é — concordou, porque, apesar de tudo, Angra não foi rude e impaciente: foi o mais amena que a situação lhe permitia ser.

— Como Aegir é? — Alya perguntou a Marinette, recordando-se das palavras de Angra. Talvez fosse impossível esquecer qualquer coisa sobre aquilo. Já Marinette juntou as sobrancelhas em uma pequena careta. Como descrever exatamente aquele homem sem usar alguns pejorativos?

Filhos da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora