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Tega narrando.

Cheguei em casa e a minha menor tinha acabado de chegar também.

Tega: E aí Thais, vai passar andando mermo?
Thais: Não Bê, vou rastejando, igual as cobras que tu pega! -Mostrou o dedo e entrou no quarto dela arrebentando a porta.
Fui atrás né, quer fazer função, arruma um barraco e vai morar em outro lugar.
Tega: ABRE ESSA PORRA AQUI THAIS!
-Eu tava bicudando á porta, quando minha coroa chegou.
D.Julia: O que foi agora Bernardo?
-Ela tinha muita tristeza no olhar.
Tega: Vixe, melhor ficar na rua mermo, vocês só me dá dor de cabeça, toma no centro do cu de vocês desgraça!

Deixei meu fuzil no sofá, peguei uma sub-metralhadora e fui falar com os maninhos que estão reformando o meu barraco.
Eu to aumentando minha casa, e mandei fazer uma laje pro lazer das minhas mulheres.
Subi pro almirante, comprei um churros no caminho, passei na boca e peguei um do bob, e fui fazer fumaça. Esse almirante é o único lugar da favela que me faz não me sentir um bandidinho como me chamam.

Acho que vou assumiu a Vivi no baile de hoje, ela merece porra, dei um trago, e mandei um sms pra ela, zap-zap na favela é molhado.

"Vivi, passa na pracinha pegar uma moeda e compra uns panos louco pra você, vou te assumir hoje."

Mandei e já era, vou fazer dezessete semana que vem, tá na hora de criar juízo com a minha mina.

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz