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Vivi narrando.

Deboche é liberado, proibido é me tocar. Essa piranha tocou aonde mais doía, David.
Laís: Se acalma Viviane, ele está bem.
-Eu ainda tremia, o David já brincava e o Arthur estava sentando do meu lado, alisando minha coxa.
Vivi: Eu vou atrás dela e ninguém se mete!
-Me levantei e fiz um nó no cabelo.
Arthur: Para com isso Vivi.
Pezão: Deixa isso baixo. O moleque tá suave.
-Olhou pro David que brincava com um carrinho na mureta do bar da tia Júlia.
Thaís: Amiga, deixa quieto isso. Foi tudo culpa minha.
-Abaixou a cabeça fitando o chão e o Magrinho ergueu o rosto dela e a selou, se eu não tivesse tão puta juro que ia zoar os dois.
Vivi: Dá a chave da moto Magrinho.
-Estiquei a mão pra ele, ele me olhou receoso.- Anda, a chave!
-Ele olhou pro Pezão, que assentiu com a cabeça.
Pezão: Vou passar um rádio pra ninguém se envolver.
-Saiu andando e eu tava até estranho o monstro Pezão, tão pacífico assim.
Vivi: Arthur, não me olha assim não cara, o filho é meu e ela vai pagar por isso.
Arthur: O filho é nosso Viviane.
Vivi: Dá um tempo pra mim saco!
-Catei as chaves e sai do bar, subi na motoca do Magrinho, olhei pro meu baby boy que estava todo distraído, liguei a moto e arrastei morro acima.

Quebrei dois becos e já estava na porta da casa do Tega. Estacionei e já fui entrando, abri a porta estava um silêncio, subi pro cômodo de cima onde dava pra laje. A piranha estava sentada de costas na cadeira , na mesa da cozinha.

Vivi: Oi amor!
-Quando ela se virou, já bati a cabeça dela no vidro da mesa da cozinha.
Bia: TEGAAA! SOCORRO!
Vivi: Grita vadia, só to começando fofa.
-Enrolei a mão no cabelo dela segurando firme e ela arranhou meu braço.- A gatinha tá brava? Imagina como eu fiquei quando vi meu filho daquele jeito?
-Fechei a mão e mandei na cara dela, o Tega apareceu.
Tega: Que porra é essa?
-Parou na porta da cozinha só de cueca samba canção, mostrando aquele V maravilhoso do tanquinho dele.
Bia: Me ajuda amor. Manda ela me soltar.
Tega: Antes ela te quebrar do que eu né? Quer bater no filho dos outros? Se fode aí.- Passou sossegado pela cozinha e eu ri da cara dela.
Vivi: Tá vendo meu bem, eu sempre vou ser melhor que você. Tu se orienta vagabunda porque se eu quebrei a sua amiguinha 10x maior que você, não fica na linha do trem porque eu passo por cima mesmo.
-Dei um beijo na bochecha dela e empurrei ela com força contra a geladeira.- Se me ver na rua, corta volta sua ridícula.
-Chutei a cara dela pra finalizar e sai rebolando daquele muquifo. Sentei na moto e dei partida, senti um peso atrás e olhei era o Bernardo.
Vivi: Bernardo, desce tá maluco ?
Tega: Toca pro almirante, quero levar um papo contigo.
Vivi: Desce!
Tega: Não, segue.
Vivi: Então eu desço.
-Me ajeitei na moto pra descer e ele segurou minha cintura.
Tega: É rápido neguinha, prometo.
Vivi: Cinco minutos.
-Liguei a moto de novo e sai dali.

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Where stories live. Discover now