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Tega narrando.

Já tinha rodado a favela toda atrás da Vivi, sei que a mãe dela sabe onde ela está só não sei porque ela foi embora. Deu o maior desenrolo por eu ter dado um tiro no pé do Magrinho, cheguei em casa e a letra que tocava lá era de que eu tinha matado o mano.

Lucão: De qual é meu parça Teguinha todo bolado aí?
-Fizemos um toque de mão e eu abracei ele de lado.
Tega: Voltou monstro?
Lucão: Pra ficar meu bom.
-Sorriu convincente. Lucão tava numa missão mil grau na Bolívia.
Tega: Jaé meu parceiro. Bora tomar aquele litrão.
-Eu tava escorado na parede do barzinho e me sentei numa mesa com o meu parça. Cresci junto com ele, moleque era doido desde criança.
Lucão: To sabendo que tu deu uns pipoco no Magrinho, verídico?
Tega: Quer pagar de talarico na banca rapaz, jamais.
Lucão: Então tu tem fiel ja mano?
Tega: Tinha!
-A cerveja chegou e eu enchi meu copo.
Lucão: Como assim?
-Riu de lado.
Tega: Quero falar disso não.

Ele assentiu e fomos de litrão em litrão até bebermos uma caixa. Cheirei duas carreiras de pó e devo ter fumado uns cinco becks. Nessa hora já rolava um funk alto, até começar a tocar uma música que me lembra a Vivi.

"Em teu olhar vi meu destino hoje é como eu quis, você me fez amar me ensinou a ser feliz nas horas mais difíceis me ajudou a superar..."

Quando dei por mim já estava eu o trouxa tentando ligar novamente pra ela. Nossas fotos no meu celular causava uma ardência no meu nariz, não sei se era a cocaína ou vontade de chorar.

Lucão: Quem é aquela magrela ali?
-Cortou minha brisa bem a tempo.
Tega: Eliane, cria da quebrada, mas nem se envolve meu parça.
Lucão: Porque?
Tega: Mô cabaçona, cocota demais pra tu.

Ele devorou ela com os olhos e virou seu copo de cerveja e foi em direção ao grupinho aonde a Bianca tava, na hora que elas viram ele indo la a piranha da Vanessa faltou tirar a roupa e se jogar no colo dele.

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Where stories live. Discover now