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Laís narrando.

Foi o tal cara lá chutar a porta e ela cedeu, ele tinha mandado uns cara andar o morro atrás do Tega, caso eles não tivessem aqui.
Na sala tinha muito sangue, umas coisas estranhas misturadas com o sangue, um cheiro de matadouro sabe? Meu estômago deu cambalhotas, mas me mantive forte, forte até a gente chegar na área dos fundos.

A Viviane estava totalmente coberta de sangue, nua... o sangue dela escorria na piscina, que a água já estava toda vermelha dando a entender que a piscina era só de sangue.

- Caralho... saiam daqui.
-Eu segurei no braço dele, olhei no fundo dos olhos dele, eu queria pedir socorro... mas as palavras falhavam
Laís: Eu...
-Senti todo meu corpo vacilar.

Thaís narrando.

Eu não queria acreditar que aquilo era real, eu não queria ver a Vivi morta. Eu me arrependi de ter cruzado aquela porta a dentro. Minha mãe passou mal e já tinha chegado uns meninos, eles tiraram ela dali e eu saí em desespero pra fora, como assim!? Minha Pandinha morta? Não, não, não.

Sai pra fora daquela casa sem conseguir ver nada nem ninguém.
Alguém me chacoalhava, eu chorava feito criança, conheci a famosa dor na alma, a pessoa insistia em me chacoalhar.

Arthur: Cadê meu filho? Cadê a Viviane?
-Ele gritava, mas meu corpo não reagia. Até que ele desistiu e me soltou, saí a passos lentos morro a fora, sentia olhares sobre mim mas não sabia nem identificar da onde eles vinham.

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Where stories live. Discover now