Capítulo 6 - O começo

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- Bom essa é a melhor parte do acordo, quero o regresso de Damon na máfia, gosto de estar rodeado de pessoas integras e de confiança mas ele não virá sozinho, você estará do seu lado.

- Voltar? Depois de tudo o que lutei para o tirar dessa vida? - Merda, eu estou contra a espada e a parede. - Eu disse que podia pedir o que quisesse mas...

- São essas as condições, eu tenho tempo pode pensar no assunto mas tenha em conta que isto não é um pedido!

- Se ela voltar será dentro de um caixão e eu vou rir no otário do Damon! - Ignoro Benito para não levantar da cadeira e apontar uma arma na sua cara, adoraria fazê-lo mas talvez Fillipo acabasse comigo logo a seguir.

- Mas eu não , quanto mais tempo passa mais forte ela fica, ela vai reerguir o seu gang ou seja lá o que vocês chamam a um bando de assassinos. - Não estava preparada para tamanho obstáculo, olho para a tela do meu telemóvel e vejo a foto de nós os cinco juntos e felizes, o que eu faço agora? Fico de pé e estico a minha mão - Pela famíglia!

- Eu sabia que tomaria uma decisão sensata!

- Você está ciente que fui precionada a aceitar? - Sensato seria ele não me pedir em troca uma vida de inferno.

- Você é como a minha mulher, a língua sempre afiada. Talvez seja por isso que nós vos amamos tanto. - Devia ter gravado as suas palavras para Annie ouvi-las.

- Frouxos!

- CHEGA! - Fillipo bate com os punhos na mesa e eu salto na cadeira, qual é o problema deste homem? - Benito sai daqui agora!

- Quando pode levar a minha família para a tal ilha?

- Quando quiser Sophie! - Ele pousa o copo vazio e olha para a foto dele com a família.

- Esta noite seria óptimo, quanto mais rápido melhor.

- Vou enviar um furgão para vos buscar mas por favor volte inteira porque se não ninguém vai aturar o Damon e quanto ao resto falamos depois.

- Prometo voltar viva! - Ele fica com um ar ainda mais sério.

- Antes de ir quero que conheça a equipa que vai estar a seu lado.

Ele pega no telefone e dá algumas ordens em Italiano, poucos minutos passam e as batidas na porta são ouvidas, Claude volta a entrar com os quatro homens sendo um deles o que estava a seu lado à pouco. Vestem roupa negra e têm um porte profissional e perigoso...

- Saldados esta é a Sra Sartorelli a vossa chefe de missão é mulher do capo Sartorelli e se algo lhe acontecer serão vocês a ficar sem cabeça. - Dizer que ele é frio seria um elogio.

- Sim senhor! - Responderam em uníssono mostrando uma disciplina irrepreensível.

Aperto a mão a cada um e saio do escritório ao lado do meu irmão, a cada passo que dava ficava mais próxima de uma bomba relógio chamada Claude. Quando passo na sala vejo Annie com a Ester, abraço as duas e trocamos a promessa de almoçarmos juntas um dia desses. Ele para perto do carro e abre a porta para que entre, o seu olhar é matador...

- Desta vez foste longe demais e se pensar que te vou deixar fazer isto sozinha estás muito enganada.

- Eu sei o que estou a fazer, tu vais tomar conta deles naquela...

- NÃO! Eles estão no lugar mais seguro do mundo e eu vou estar do teu lado ou Damon ficará a saber de tudo agora mesmo. - Caramba ele está vermelho de raiva.

- Tu não farias isso!

- Queres testar-me? - ele pega no telemóvel e eu tiro o aparelho das suas mãos.

- Não são só os meus filhos que estão em perigo, ela é bem capaz de fazer mal aos que me rodeiam para me atingir.

- No entanto a pessoa que tu deixas sempre para último és tu mesma, alguém tem de cuidar de ti! - Agora entendo, ele está com medo de me perder!

- Preciso de um bom plano Claude.

- Vamos tratar disso, vou deixar-te em casa para fazeres as malas e passarei por lá depois, cuidado com as câmeras em tua casa nunca se sabe se estás a ser observada.

- Vemo-nos logo então.

Abraço-o com carinho e amor, não quero que ele deixe de estar perto da sua família e sinto-me culpada mas se ele estiver ao meu lado talvez seja mais fácil de suportar os obstáculos. No caminho para casa não pensei um segundo em voltar atrás, serei eu a mandar desta vez e serei eu também a eliminar o meu maior problema. Abraçar os meus filhos é como levar uma injecção de amor, sentimentos bons e calmantes, tudo o que eu precisava. Pedi a Georgina para me ajudar a fazer as malas e perguntei se ela aceitava ir para ilha, seria bom ter mais alguém para ajudar Luna e Giovana, ela aceitou porque sentiu que o meu pedido era importante. De malas feitas e já na porta eu decido ir ao escritório e ligar a Damon, nunca fui boa a mentir então espero me superar desta vez, dígito o seu nome no telemóvel e espero que ele atenda...

- Boa noite! - Digo assim que ele atende, calma Sophie ou ele vai perceber tudo.

- Boa noite, Cuore como estão as coisas por aí? - expiro com força ao ouvir as suas doces palavras.

- Eu tenho medo que aconteça algo comnosco então decidi pedir ajuda ao Filippo. - Fecho os olhos e rezo para que ele não me faça perguntas difíceis.

- Ao capo Costa Nostra?

- Ele vem buscar-nos daqui a pouco, pedi também para levar Giovana e Luna com as crianças, ele tem uma ilha privada e nós vamos para lá!

- Fizeste bem assim fico mais tranquilo com vocês. Qual o preço a pagar por essa ajuda? - Mordo a língua e respiro fundo, ele não vai acreditar em mim.

- Ele disse que falariamos sobre isso depois.

- Estás a mentir! - E agora o que eu faço?

- Não, eu estou apenas cansada e preocupada. Como estão as coisas por aí?

- Nada ainda. - Será que ele vai fazer mais perguntas?

- Eu tenho de desligar! - tinha um nó tão grande na garganta que estava difícil até de passar a saliva.

- Por quanto tempo mais irás ficar assim comigo?

- Não sei Damon, eu tenho mesmo de desligar. - Se continuar a falar com ele vou deitar tudo a perder.

- Dá um beijo às crianças e... Ti amo!

Desliguei sem dizer mais nada, mal posso acreditar que eu consegui mentir a ele que me conhece tão bem, talvez as coisas estejam complicadas por lá. Vou até à sala e vejo Claude com as malas na mão, ele sai e deposita as mesmas na bagageira seguido pelas crianças e Giorgina. Era um um fogão negro de vidros fumados onde todos estavam instalados. Abracei e beijei todos e prometi acabar com esta história o mais depressa possível mesmo não acreditando que isso fosse verdade, desta vez eu poderia não regressar! Eu e Claude não entrámos no mesmo carro, nós seguimos num suv preto que nos levou até uma casa no meio de uma densa floresta bem longe de casa. Os outros homens vinham no carro atrás do nosso...

- Ainda estás a tempo de voltar a trás.

- Eu vou fazer isto!

Os Sartorelli - A Mafiosa (Completo Amazon)Where stories live. Discover now